tag:blogger.com,1999:blog-2576401582352888502024-03-13T23:41:17.186-03:00LEIO ENLEIOLeio enleio. Um ledo enleio pelas páginas, pelas prosas, pelos versos, pelos livros que leio. Caminho, leio e me enleio. Pelos versos que me perco. Leio enleio. Mais que um caderno de resumos, um caderno de visões.Leio Enleiohttp://www.blogger.com/profile/03479938460176768711noreply@blogger.comBlogger134125tag:blogger.com,1999:blog-257640158235288850.post-8643466309988679692021-04-05T16:13:00.020-03:002021-04-05T16:20:47.393-03:00Kafka e a boneca viajante<div class="separator" dir="rtl" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiscCfgcyRo0oA1omi706f-RakXJx85yFuqD8c-848G8obw3NcE6c9zJlgAKxHvxtFEzydzmdUP7p5wDNFG6c1cCMUIH7eWoTDOI3PEd_tqGwqH1Sp5KFH98JaeXjiWA1I_RstVNEqH7n7v/s2048/kafka_boneca_viajante.HEIC" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1536" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiscCfgcyRo0oA1omi706f-RakXJx85yFuqD8c-848G8obw3NcE6c9zJlgAKxHvxtFEzydzmdUP7p5wDNFG6c1cCMUIH7eWoTDOI3PEd_tqGwqH1Sp5KFH98JaeXjiWA1I_RstVNEqH7n7v/s320/kafka_boneca_viajante.HEIC" /></a></div>O que você faria se encontrasse uma criança sozinha chorando? E o que faria se, depois de fazer as perguntas básicas como “você está perdida?”, “alguém te machucou?” e “Onde estão seus pais?” você descobrisse que aquele choro era por causa de uma boneca que havia sumido.<br /><br /><br />Essas são as primeiras reflexões que o autor espanhol Jordi Sierra i Fabra nos leva a fazer em Kafka e a boneca viajante. E foi nessa situação que o conhecido escritor Franz Kafka se viu envolvido em 1923 em um parque de Berlim. Voltando para casa o autor de A Metamorfose encontra a pequena Elsi chorando. Depois de fazer as perguntas básicas Kafka descobre que aquelas lágrimas tão sinceras e dolorosas eram porque a pequena havia perdido sua boneca. Sem desdenhar do sofrimento de Elsi, Kafka faz as perguntas que “um policial faria diante de um crime”. Mas depois delas o que fazer para acalmar a pequena? Dizer ‘sinto muito’ seria menosprezar uma dor tão profunda. Então, Kafka respira e... melhor eu escrever um pequeno trecho da história para vocês verem a solução que Kafka arruma para o problema:<br /><br />“Porque a dor infantil é tão poderosa?<br /><br />A situação era real. A relação de uma menina com sua boneca é das mais fortes do universo. Uma força descomunal movida por uma tremenda energia. <br /><br />E então, de repente, Franz Kafka se acalmou.<br /><br />A solução era tão simples...<br /><br />Pelo menos para sua mente de escritor.<br /><br />- Espere um pouco, que bobagem a minha! Qual o nome da sua boneca?<br /><br />-Brígida.<br /><br />- Brígida? Claro! – soltou uma risada das mais convincentes. – É ela, lógico! Desculpe, não me lembrava do nome! Às vezes sou tão avoado! Com tanto trabalho!<br /><br />A menina arregalou os olhos.- Sua boneca não se perdeu – disse Franz Kafka alegremente. – Ela foi viajar!”<br /><br />Nesse momento Kafka se apresenta como um carteiro de bonecas. Estes profissionais, explica ele, diferente dos carteiros tradicionais, entregam as cartas diretamente nas mãos do destinatário. Portanto, a partir do dia seguinte a pequena Elsi, sem saber que quem escrevia era o próprio Kafka, começa a receber as cartas com as aventuras de Brígida pelo mundo diretamente. Dora Dymant, esposa de Kafka, conta que “naquele dia, ele entrou no mesmo estado de tensão nervosa que o tomava cada vez que se sentava a sua escrivaninha, fosse para escrever uma carta ou um postal”. Cada carta foi escrita com a mesma devoção como teria escrito um de seus romances ou contos.<br /><br />O livro Kafka e a boneca viajante é uma ficção baseada em uma história contada por Franz Kafka e confirmada por sua companheira Dora Dymant. Apesar desse encontro ter acontecido, poucas informações foram achadas para além do que Kafka e sua esposa contaram. O nome da menina e da boneca não foram descobertos. Elsi e Brígida são nomes fictícios. Entrevistas com vizinhos e anúncios em jornais não ajudaram nem mesmo estudiosos de Kafka como Klaus Wagenbach, a encontrar mais informações. Nada foi descoberto sobre a menina e as cartas que ela recebeu também nunca apareceram. As cartas reais são uma história de Kafka para uma única pessoa. Já as cartas que aparecem no livro foram recriadas por Jordi que pede ao leitor licença para a transgressão de “inventar essas cartas, terminar a história, dar-lhe um final imaginário. Pode ter sido este ou outro qualquer, não acho que seja importante. O que aconteceu é tão belo em si mesmo que o resto carece de importância. A única coisa evidente é que aquelas cartas devem ter sido muito melhores e mais lúcidas que as recriadas por mim”.<br /><br />Foram cerca de três semanas escrevendo diariamente as correspondências que chegariam a pequena Elsi. Três semanas que de fato existiram.<br /><br />As 127 páginas dessa bela obra fazem o leitor viajar em uma linda história de amizade, sonhos e gratidão. Tudo isso mostrado de maneira poética como quando Brígida, ou Kafka, escreve a décima sétima carta a Elsi. Ela diz: “Não sei se você percebeu, Elsi, mas com esta já são dezessete cartas que mandei de todos os lugares em que estive. Quando olho para trás, vejo que foi como um sonho, não acha? Imagino você com seu amigo carteiro, sentada num banco do parque Steglitz, deixando sua imaginação voar para me acompanhar em minhas peripécias em busca de meus sonhos. Acontece que os sonhos são a base da vida. Sem sonhos, somos apenas corpos perdidos vagando na rotina. Nunca se esqueça de que sou livre porque você foi livre e me transmitiu essa felicidade”.<br /><br />Ao longo da obra também descobrimos que Kafka não queria que suas obras fossem publicadas postumamente e pediu para que um amigo, Max Brod, cuidasse disso destruindo tudo que havia escrito (o que ele não fez). Em Kafka e a boneca viajante há a preocupação de que as cartas serão a única obra que não poderá ser destruída e, portanto poderia ser publicada. Kafka faleceu em um sanatório perto de Viena em 1924, aos 41 anos de idade e deixou obras como A metamorfose e O processo (esta última publicada em 1925, portanto, depois de sua morte).<br /><br />A ideia da escrita do livro Kafka e a boneca viajante, conta Jordi, surgiu depois que ele leu um artigo no jornal El País, em maio de 2004 que contava aquilo que já se sabia sobre a história. No Brasil a obra foi publicada em 2008 pela Editora Martins Fontes e em 2007 recebeu do Ministério da Cultura da Espanha o Premio Nacional de Literatura Infantil e Juvenil.<span face="Arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #222222; font-size: 12pt;"></span><p></p>Claudia Nandi Formentinhttp://www.blogger.com/profile/14318859929119618440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257640158235288850.post-20868607071302595702020-10-08T15:39:00.005-03:002020-10-08T15:39:52.008-03:00Tocaia Grande<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMvjWftXElWGvKCFiYmVhL5Lc1jr-_9cxcYvIlWrVkzGUyUy0LYnNSSYoWHdvyij_vQ3oI1afm-hL87NY9FFnB2fB-QjqwGXNerSlnwyZo3RPBmrOAz00TlhlEqC2cJqLV6fj6by8ieZin/s2048/Tocaia+Grande.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1536" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMvjWftXElWGvKCFiYmVhL5Lc1jr-_9cxcYvIlWrVkzGUyUy0LYnNSSYoWHdvyij_vQ3oI1afm-hL87NY9FFnB2fB-QjqwGXNerSlnwyZo3RPBmrOAz00TlhlEqC2cJqLV6fj6by8ieZin/s320/Tocaia+Grande.JPG" /></a></div><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; white-space: pre-wrap;"><p><span style="font-size: 11pt;">Este é mais um livro da série: “o título me dava medo” (podem rir). Não era aquele super medo do tipo nunca leria mas eu tinha sim um certo receio. Pelo nome eu tinha a impressão que ia ser um derramamento de sangue geral. Tem sangue mas é muito menos do que eu imaginei. De fato tudo começa com uma grande tocaia. Mas o que Jorge Amado apresenta ao leitor é, na verdade, como este lugar que carrega a marca do sangue se transforma em uma cidade. Como as pessoas pessoas vão chegando e lá ficando, se organizando, formando um sentimento de coletivo, de comunidade.</span></p></span><p></p><p><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; white-space: pre-wrap;"><br /></span></p><p><span id="docs-internal-guid-2a18f2a2-7fff-ede3-cdeb-b547035cf460"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Assim como um lugarejo que parte do nada o livro vai ganhando movimento e ação a medida que o tempo passa (no caso a medida que passamos cada página). São muitos personagens que vão chegando, talvez seja uma das obras de Jorge Amado com mais personagens que já li até agora (e o que esperar de uma história que conta como uma cidade se formou?). São sujeitos que trazem suas individualidades e nelas e com elas formam um sentimento de solidariedade e pertencimento. E assim Amado mostra que a formação de uma comunidade (da menor a maior) não é marcada pela homogeneidade e sim pela pluralidade de ideias, formações, tipos diversos que encontram ali um lugar de pouso e de construção de vida. Tocaia Grande é um lugar esquecido por muitos mas que acolhe aqueles todos que lá procuram abrigo.</span></span></p><p><span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></p><p><span id="docs-internal-guid-e328564a-7fff-6de5-189a-d080961a487c"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">São jagunços como o capitão Natário, migrantes como o ‘turco’ Fadul e os sergipanos, que vão chegando expulsos de outras terras, são as mulheres da vida… todos (re) construindo suas vidas e construindo aquele lugar do seu jeito. Estes personagens não são fortes apenas na ficção. No posfácio, apresentado na edição da Companhia das Letras, o escritor moçambicano* Mia Couto afirma que Tocaia Grande chega a seu país natal no momento em que seu povo vivia “o sentimento épico de criar um espaço que fosse nosso não por tomada de posse mas porque nele podíamos encenar a ficção de nós mesmos, enquanto criaturas portadoras de história e fazedoras de futuro”. O que Jorge oferecia aos moçambicanos, diz ainda Mia Couto, “era um modo de inventar uma nação. Dessa estratégia de sonhar um país carecíamos nós, sujeitos a uma longa dominação colonial”.</span></span></p><p><span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></p><p><span id="docs-internal-guid-0731a6a5-7fff-96fb-dced-2964844c3fbd"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">No cenário do livro há uma terra que se desenvolve economicamente a partir do cacau no início do século XX, menos de quarenta anos depois da abolição da escravatura e da proclamação da república. Como em muitas obras de Jorge Amado, a data não está explícita no livro mas há indícios dela (certas falas, um gramofone…). Há também um distanciamento temporal entre a data em que tudo se passa e a data em que esta história chega aos leitores: sua publicação acontece em 1984.</span></span></p><p><span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></p><p><span id="docs-internal-guid-03434034-7fff-c509-f1f9-9402e5778906"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">*A guerra de independência de Moçambique aconteceu entre 1964 e 1974 e resultou em uma independência negociada em 1975.</span></span></p><p><span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></p><p><span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Para ver outras impressões desta leitora sobre a obra de Jorge Amado <a href="http://www.leioenleio.com/search/label/Jorge%20Amado" target="_blank">clique aqui.</a></span></span></p>Claudia Nandi Formentinhttp://www.blogger.com/profile/14318859929119618440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257640158235288850.post-21358245258085005142020-10-01T15:54:00.002-03:002020-10-08T15:16:11.391-03:00Dicas para incentivar a leitura (para toda a família) <p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkbstemWc32O6iNmNyn0jEmsY5_bELv7r8DJvHJ3jwUolbe5PD6ep6o_mQgcfNIg43rRBX4-nTuPuNvFSuK8O4UKQZVeOcxSZGrk3Yi4_irJSwVzwF55azXZSIWnCUrL8TzJWY1KlwyQr9/s960/E351106E-F490-4EA5-A8B2-759DEF0365B4.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="960" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkbstemWc32O6iNmNyn0jEmsY5_bELv7r8DJvHJ3jwUolbe5PD6ep6o_mQgcfNIg43rRBX4-nTuPuNvFSuK8O4UKQZVeOcxSZGrk3Yi4_irJSwVzwF55azXZSIWnCUrL8TzJWY1KlwyQr9/s320/E351106E-F490-4EA5-A8B2-759DEF0365B4.jpg" /></a></div><br /><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; white-space: pre-wrap;">Já li muito sobre leitura na infância. Já escutei muita gente falar sobre isso. E sempre que posso, paro mais uma vez. Porque sempre é bom escutar novamente e, se me interesso por isso, há grandes chances de eu aprender mais uma coisinha sobre o tema. O que acho muito legal nestas leituras é o quanto as dicas podem ser aplicadas para a formação de leitores de todas as idades. O texto que você vai ler foi escrito para o meu outro blog (</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; white-space: pre-wrap;"><a href="http://noaltodasnuvens.blogspot.com/search?updated-max=2018-06-14T12:44:00-07:00&max-results=7&start=14&by-date=false" target="_blank">No alto das nuvens</a>) mas resolvi trazer para cá para incentivar a família toda a pegar um livro e começar esta aventura. </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; white-space: pre-wrap;">Então, aliando o que estudei, com a experiência aqui em casa, trouxe aqui cinco dicas para formar leitores.</span><p></p><p><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; white-space: pre-wrap;"><br /></span></p><p><span id="docs-internal-guid-8fe62fc4-7fff-119a-16bb-a13e38d27de3"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b>Conte histórias para e com uma criança:</b> Compartilhar esse momento é muito legal. Pode ser em um livro, mas também, “de cabeça”, como dizem os meus filhos. Essa última é aquela história que pode ser inventada. Quando eu e as minhas irmãs éramos pequenas inventei uma, elas contaram para os meus filhos e eu, vira e mexe, tenho que recontar. Mas também pode ser uma lembrança de um livro que você ouvia quando era criança. Ah, e se você não tem criança por perto ou quer ler algo mais adulto pode participar de um grupo de leitura coletiva.</span></span></p><p><span id="docs-internal-guid-b207b48e-7fff-f443-adb0-500c232cead6"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b>Dê livro de presente (não só para crianças mas também para adultos):</b> Assim como um brinquedo, ao abrir um livro é possível entrar em um mundo fantástico. Gostar de livros, às vezes, nos impede de ver que isso existe. A primeira vez que vi isso sendo dito para uma criança, foi na véspera do dia das crianças, em frente a uma livraria que tinha na vitrine livros L-I-N-D-O-S. A criança tinha uns 8 anos e disse que queria um livro naquela data que se aproximava e o pai disse não. Sempre que posso, presenteio com livros. </span></span></p><p><span id="docs-internal-guid-4cfa59c9-7fff-a9ab-6366-8a24613c5a5e"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b>Frequente bibliotecas, livrarias e sebos com a criança (e sozinho ou com um amigo):</b> existem espaços lindos para adultos e crianças que convidam a sentar e se deliciar com cores, cheiros e texturas. Explorar esses lugares é uma ótima oportunidade de conhecer obras belíssimas. Mas lembre-se, levando os livros para casa ou não, trate com carinho os livros.</span></span></p><p><span id="docs-internal-guid-628d9bc6-7fff-fc90-bce8-671fa45a9f4f"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b>Deixe os livros acessíveis:</b> Aqui em casa nunca vi problema em misturar livro infantil e brinquedo. A criança, mesmo não alfabetizada, conta as histórias para os brinquedos, usa os brinquedos para encenar as histórias e, aí, a magia se faz. O mesmo vale para adultos: tenha livros por perto.</span></span></p><p><span id="docs-internal-guid-ef101854-7fff-5c2f-f530-ece03897e8e9"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b>Converse sobre o livro:</b> Perguntar sobre os personagens e o enredo, saber o que a criança achou do que foi lido é muito legal. Além de conhecer o que o pequeno pensa sobre vários assuntos fortalecendo o vínculo afetivo com a crianças você estimula a capacidade de síntese. Claro que esta conversa pode acontecer entre os adultos com os livros que os adultos estão lendo.</span></span></p><p><span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></p><p><span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Quer ver dicas de livros para compartilhar com os pequenos? <a href="http://www.leioenleio.com/search/label/leitura%20em%20fam%C3%ADlia" target="_blank">Clique aqui</a>.</span></span></p>Claudia Nandi Formentinhttp://www.blogger.com/profile/14318859929119618440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257640158235288850.post-80450162746502230722020-08-03T18:05:00.001-03:002020-08-03T18:05:36.063-03:00Cinco curiosidades de Gabriela cravo e canela <span id="docs-internal-guid-f216d2b2-7fff-aa99-d245-0525ae162284"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfgm4NaKTAhPi4h5mlEJKak9VrhOqTb2lLiqpe3x3id1tyoO0QjgCdtYdErL4Y3cuX3W7acxrHbcE3wEdjuN9lsYqBhnBOeyvfZp97EdMrhOUBj7e7LonymnRhDatXTfM78u75bJGtq_YS/s3264/IMG_2510.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3264" data-original-width="2448" height="410" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfgm4NaKTAhPi4h5mlEJKak9VrhOqTb2lLiqpe3x3id1tyoO0QjgCdtYdErL4Y3cuX3W7acxrHbcE3wEdjuN9lsYqBhnBOeyvfZp97EdMrhOUBj7e7LonymnRhDatXTfM78u75bJGtq_YS/w307-h410/IMG_2510.JPG" width="307" /></a></div>Uma mulher livre que não entendia as burocracia que organizam a sociedade. Para além disso ela não entendia os motivos que levam a burocracia a ditar certas condutas de tratamento e de relacionamento. Esta é Gabriela, cravo e canela. Uma mulher simples que questiona com simplicidade temas que para a sociedade são super complexos. Esta personagem foi apresentada por Jorge Amado para o mundo tendo falado alemão, norueguês, francês e tantos outros (foram cerca de 30 idiomas).</span></span><div><span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div><div><span id="docs-internal-guid-99e73628-7fff-0c95-3a4f-aa68da640a38"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Gabriela não foi a primeira obra que li de Jorge Amado mas lembro do impacto que me causou. Em parte porque o li acompanhando sua última adaptação para a TV Globo mas também porque sua leitura me foi recomendada por um professor francês que encontrei durante uma viagem. Aquele senhor me disse que sabia que no período que estivesse no Brasil estaria passando a novela por isso resolveu ler o romance pela quinta vez (três vezes em francês e duas em português). Neste momento eu pensei: por que eu nunca li este livro? Acho que isso me fez ler a obra com mais atenção, mais dedicação. Depois de lida a obra a música ficou tão mais linda, fez tão mais sentido. Sempre vi o refrão da música como uma crítica a personagem (admitir que ignorava certos fatos não é um problema).</span></span></div><div><span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div><div><span id="docs-internal-guid-9be31787-7fff-4723-98c5-9adf539b1665"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Gabriela (publicado em 1958), assim como Dona Flor (1966) e Tereza Batista (1972), é uma crônica de costumes. Além disso, alguns tipos se parecem com personagens que aparecem em outras obras como a figura de coronéis, mulheres sensuais e personagens populares. Esta crônica de costumes incomoda. E eu fico pensando que se incomoda agora, no século XXI imagine nos anos de 1950?</span></span></div><div><span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div><div><span id="docs-internal-guid-30bb930a-7fff-7402-d095-a2eb41837436"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Depois de ler este livro descobri algumas curiosidades. Selecionei aqui cinco:</span></span></div><div><span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div><div><span id="docs-internal-guid-79d14e89-7fff-a9f1-b1cb-c184400a9411"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">1. Mudança: foi com o dinheiro que Jorge Amado recebeu do sucesso de Gabriela que ele materializou a mudança que a família fez para a Bahia.</span></span></div><div><span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div><div><span id="docs-internal-guid-4205b8c5-7fff-fc83-bd76-4d20015fe46b"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">2. Nome de Gabriela: O nome da personagem principal surgiu de uma visita que Zélia Gattai fez a uma amiga que havia ganhado bebê a pouco tempo. Jorge perguntou a Zélia o nome da menina e ela disse Gabriela (uma pequena confusão explicada em Chão de Meninos por Zélia Gattai) e ele achou lindo para o nome desta personagem.</span></span></div><div><span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div><div><span id="docs-internal-guid-54ffd0a2-7fff-835e-4d43-90299dc0cc20"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">3. Três adaptações para a TV e cinema: a obra foi adaptada primeiro para a TV Tupi (1960) posteriormente a Rede Globo adaptou outras duas vezes (1974 e 2012). Em 1983 foi adaptado para o cinema.</span></span></div><div><span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div><div><span id="docs-internal-guid-e0e5a49a-7fff-d7bc-7974-84dd5ee2692e"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">4. Sucesso do livro e da novela: a primeira adaptação da Rede Globo fez muito sucesso no mundo todo. Zélia conta em Chão de Meninos que em uma viagem a Portugal o casal encontrou um menino que chamava pelo gato que chamava Nacib ao ser perguntado porque o animal tinha este nome o menino respondeu: “Porque é macho se fosse fêmea seria Gabriela”.</span></span></div><div><span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div><div><span id="docs-internal-guid-8d076e53-7fff-216d-863d-c778fc526d24"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">5. Edição americana: publicado nos EUA pela Editora Knopf a apresentação da obra de Jorge Amado foi feita por Alfred Knopf, diretor-presidente da editora e “personalidade respeitada nos meios literários; durante vários meses (Gabriela) esteve nas listas de best-sellers dos Estados Unidos”.</span></span></div><div><span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div><div><span id="docs-internal-guid-d6314c94-7fff-d537-cac7-7e6ceff922f7"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Outras impressões que registrei:</span></span></div><div><span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div><div><span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">sobre as obras de <a href="http://www.leioenleio.com/search/label/Jorge%20Amado" target="_blank">Jorge Amado</a> e sobre as obras de <a href="http://www.leioenleio.com/search/label/Z%C3%A9lia%20Gattai" target="_blank">Zélia Gattai</a></span></span></div><div><span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div>Claudia Nandi Formentinhttp://www.blogger.com/profile/14318859929119618440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257640158235288850.post-63439909942257614212020-07-15T21:23:00.001-03:002020-07-15T21:23:54.681-03:00Racismo: um tema que precisamos debater<span id="docs-internal-guid-75685ee1-7fff-1fb6-56ae-9a6a63404a97"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYbUR9XzjUEzWrDfDgSGBl2UXVfJrW2Oy0ancXP3bW5yHptFfuhJcl2PNMYysZqgCST0SR4GIit8l-4hnD82ekoP8k9YMCQxI1YYRFj-4w9JOFolV_0DhJlnl5TTlzZ31QVo8EdBgHeU0P/s3118/IMG_4157.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3118" data-original-width="1703" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYbUR9XzjUEzWrDfDgSGBl2UXVfJrW2Oy0ancXP3bW5yHptFfuhJcl2PNMYysZqgCST0SR4GIit8l-4hnD82ekoP8k9YMCQxI1YYRFj-4w9JOFolV_0DhJlnl5TTlzZ31QVo8EdBgHeU0P/s320/IMG_4157.JPG" /></a></div>O mês de maio de 2020 foi cheio de notícias que lembraram (se é que alguém tinha esquecido) o quanto o racismo mata e o quanto ele deixa a sociedade ainda mais doente. Por isso em junho adiantei a leitura de dois livros que estavam planejados para outros períodos do ano. Queria e precisava (aliás ainda preciso) entender melhor tudo isso. Então li Racismo Estrutural, de Silvio Almeida, e Imprensa negra no Brasil do século XIX, de Ana Flávia Magalhães Pinto. Decidi escrever os dois no mesmo texto porque para mim eles se completam.</span></span><div><span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div><div><span id="docs-internal-guid-c59c1b5b-7fff-ac9a-22f2-8a1865bf3400"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Em Racismo Estrutural, Silvio Almeida traz um os alicerces onde os discursos do racismo se baseiam para existir. Para isso ele explica o conceito de raça e racismo ao longo da História trazendo um panorama importante para começar a conversa. Depois ele traz as relações entre o racismo e a política, o direito e a economia e como estes três pilares contribuirão para que os discursos sejam construído.</span></span></div><div><span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div><div><span id="docs-internal-guid-b58a43db-7fff-d5df-6b88-9f48fdf5ba24"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Ao mesmo tempo Imprensa Negra no Brasil do século XIX traz um olhar para a imprensa do período da abolição que nem todo mundo conhece. Pontos que preenchem lacunas que são deixados de lado em muitos livros de História e que mostram que houveram lutas também por parte da imprensa ao mesmo tempo que era difícil que pessoas negras tivessem sua voz ouvida. Por exemplo: muitas vezes se o autor de dado artigo a ser publicado em um jornal fosse negro havia praticamente cem por cento de chance de seu nome não ser publicado o que não aconteceria se o referido autor fosse branco. E estou citando apenas um dos fatos trazidos pela autora.</span></span></div><div><span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div><div><span id="docs-internal-guid-96d71f65-7fff-3c3a-0f1d-c1ff87af9ee7"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Ao analisar os jornais Ana Flávia traz pontos que Silvio também traz ao mesmo tempo que o complementa e ele a complementa. Foi ótimo ter lido um seguido do outro, bem pertinho.</span></span></div>Claudia Nandi Formentinhttp://www.blogger.com/profile/14318859929119618440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257640158235288850.post-2827073146250122092020-07-12T12:41:00.000-03:002020-07-12T12:41:02.161-03:00Para as crianças conhecerem Malala<font face="arial"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0vzxnXEtjrsn-J5G-1V3zFDLXnbI7CIy8IFSPbL65iQeYwXPaIUU0W_AiU0aqt3XVTSprY9BWROS57QvYQyDzYz-uCX0OIQI28HYSnX8dIpQF6L0obD4_ncGfsyKxfibYuVSL_dxM9uYK/s2100/IMG_0027.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="A capa do livro tem o fundo branco. Em uma mesa Malala, vestida de rosa, segura um lápis e olha para o alto onde se forma uma espécie de balão saindo do lápis. Os desenhos que formam o balão são dourados e representam forma da natureza como flores e folhas. Dentro do balão, escrito de azul, está o título do livro: Malala e seu lápis mágico." border="0" data-original-height="2100" data-original-width="1575" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0vzxnXEtjrsn-J5G-1V3zFDLXnbI7CIy8IFSPbL65iQeYwXPaIUU0W_AiU0aqt3XVTSprY9BWROS57QvYQyDzYz-uCX0OIQI28HYSnX8dIpQF6L0obD4_ncGfsyKxfibYuVSL_dxM9uYK/w240-h320/IMG_0027.JPG" width="240" /></a></div>Este texto, sobre o livro Malala e seu lápis mágico, foi publicado originalmente em outro blog que eu tenho/tive (no alto das nuvens era o nome do blog). Era um espaço dedicado a leitura das crianças. Mas com o tempo descobri que o que eu queria era escrever sobre as leituras que fazemos em família. Então estou migrando, devagar, tudo para cá. Como hoje é aniversário de Malala Yousafzai decidi passar minhas impressões sobre este livro para cá.</font><div><font face="arial"><br /></font></div><div><font face="arial">Vamos ao texto:</font></div><div><font face="arial"><br /></font></div><div><span style="font-size: 11pt; white-space: pre-wrap;"><font face="arial">Conhecemos a história dessa garota pela TV, jornais e internet. De alguma forma compartilhamos da história dela e de sua luta. Sabemos que ela foi a mais jovem Nobel da Paz, mas, curiosamente, não costumamos compartilhar isso com as crianças. Justificável, pois a história não é nenhum conto de fadas. No entanto, as batalhas que Malala travou, e ainda as faz, são bem reais e são a luta de muitos (ela esteve no Brasil esta semana). Então, na minha humilde opinião, esconder isso de meninos e meninas é tirar a oportunidade de mostrar para eles que, no mundo, há sofrimento e que não é normal sempre receber sim como resposta. É também a oportunidade de mostrar que há de se lutar por um mundo melhor desde a infância.</font></span></div><div><font face="arial"><br /></font></div><div><span style="font-size: 11pt; white-space: pre-wrap;"><font face="arial">Este livro começa com uma pergunta: Você acredita em mágica? A partir dela, Malala conta a sua história, lembra de um personagem que tinha um lápis mágico e de como ela sonhava com esse lápis. Até que Malala fala de seu esforço para estudar, de como aquilo era bom e de como ficou triste quando foi proibida. A mágica é o ponto de partida, mas ela mostra que para mudar o mundo, a educação é fundamental e, sim, passa por muito esforço, mas tudo começa com ‘uma criança, um professor, um livro e uma caneta’.</font></span> </div><div><br /></div><div>Já escrevi aqui também sobre Longe de casa. Este é um livro em que Malala apresenta a história de refugiados. <a href="http://www.leioenleio.com/2019/11/longe-de-casa-malala-yousafzai.html" target="_blank">Leia aqui</a>.</div><div><br /></div><div><br /></div>Claudia Nandi Formentinhttp://www.blogger.com/profile/14318859929119618440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257640158235288850.post-790407306002327492020-07-10T21:20:00.001-03:002020-07-10T21:20:55.423-03:00Chão de Meninos<span id="docs-internal-guid-bd0d6980-7fff-0ef0-3e82-a44c8a27504f"><br /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3M4kD8hZxVlRmZgVZg2kNXO9B2e1_Hf7GMyOXLt_lUnaZsU4GTsmi31G_LKh8xeYnXNzf1HNp0IaeP7MY5PAuJq55le2idaLQsPAPVF-CzVBnPmLlwIVzZmw4DiWVlF64dcHHyFnZiD78/s3264/IMG_4160.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="A foto traz a capa do livro chão de meninos. O fundo desta capa é verde claro com ilustrações em tons de verde mais escuro que formam o perfil de um rosto e um animal que parece um cachorro. Alguns pequenos detalhes em laranja como o círculo no centro da página que traz o nome da autora em letras brancas. O nome do livro está escrito em preto e está localizado mais próximo da margem inferior da capa." border="0" data-original-height="3264" data-original-width="2448" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3M4kD8hZxVlRmZgVZg2kNXO9B2e1_Hf7GMyOXLt_lUnaZsU4GTsmi31G_LKh8xeYnXNzf1HNp0IaeP7MY5PAuJq55le2idaLQsPAPVF-CzVBnPmLlwIVzZmw4DiWVlF64dcHHyFnZiD78/w240-h320/IMG_4160.JPG" width="240" /></a></div>O Rio de Janeiro dos anos 1950. Este é o cenário de Chão de Meninos. Um livros de memórias de uma família, as memórias de uma mãe sobre uma fase de muitas mudanças para seus filhos. Ah, Zélia Gattai e suas memórias, sua leveza, seu carinho.</span><p></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Chão de Meninos conta a história da família Gattai Amado no período em que viveram no Rio de Janeiro depois de voltarem do exílio na Europa até o momento em que mudaram para a Bahia. Como em outras obras Chão de Meninos não tem necessariamente um ordem cronológica ao mesmo tempo que deixa lacunas entre um fato e outro. Estas lacunas podem ser ou não ocupadas em textos de outros livros. Mas isso não tira a beleza e a coerência do texto. Como diz o texto de apresentação da obra (na orelha do livro) “o tempo , nas mãos de Zélia, é matéria de sonho, não de cronologia”.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Depois que terminei este livro fiquei pensando muito sobre ele, seu conteúdo e título e o que percebi é que Zélia escreveu um texto dedicado a Jorge Amado, e seus oitenta anos, com as amizades, a políticas, as dores e alegrias da família. Isso tudo formou o chão em que João e Paloma cresceram e caminharam. Neste livro ela mostra onde os filhos firmaram chão no Brasil tendo em vista que João foi morar fora ainda muito bebê e Paloma nasceu fora do país. Esta é mais uma amostra de como o amor está entranhado na escrita de Zélia. </span></p><div><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>Claudia Nandi Formentinhttp://www.blogger.com/profile/14318859929119618440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257640158235288850.post-81314523735950868982020-07-08T15:01:00.002-03:002020-07-08T15:20:23.789-03:00Adeus, Gana<span id="docs-internal-guid-f47f9090-7fff-ad29-3cf7-987acba1546f"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhenoR0RhRsOILfZpBeCosdu_OquwUL3Xfnh8hbyEKyd0s53iU5jzg3bS4hxqQmxxSszYVrxX0FCj6YjrGuylhbObU-rMEU5SJpGERga7GpBYch1CvVPJ8tR41CQ3hSFvpyJ9SX9KR0zXLf/s3264/IMG_4074.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="A imagem traz a foto do livro apresentado. Ele está sobre uma superfície de madeira e é marrom avermelhado. O título está escrito em amarelo no topo da capa. Sobre a ilustração de folha e galhos marrom escuros linhas amarelas formam a imagem de uma mulher." border="0" data-original-height="3264" data-original-width="2448" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhenoR0RhRsOILfZpBeCosdu_OquwUL3Xfnh8hbyEKyd0s53iU5jzg3bS4hxqQmxxSszYVrxX0FCj6YjrGuylhbObU-rMEU5SJpGERga7GpBYch1CvVPJ8tR41CQ3hSFvpyJ9SX9KR0zXLf/w240-h320/IMG_4074.JPG" title="Adeus, Gana" width="240" /></a></div>Foi bem difícil escrever sobre este livro. Explico. Adeus, Gana escrito por Tayle Selasi não é um livro difícil de ler, pelo menos não foi para mim, mas é um livro muito tocante que me deixou desconcertada. Ele começa com a morte de um médico renomado. É este fato que vai conduzir toda a narrativa contando como os filhos deste homem se reencontrarão uns com os outros e com a mãe uma nigeriana que mora em Gana. E é neste momento que os mistérios familiares começam a aparecer. Em suma, conta a história de uma família com suas feridas, alegrias, segredos, traumas...</span></span><div><span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div><div><span id="docs-internal-guid-29ce9845-7fff-d033-44ec-a534e4ef1fb4"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Mas enquanto entendemos esta história familiar vamos sendo apresentados as dores causadas pelo racismo, pelos padrões de beleza e tantas outras coisas escritas em uma prosa cheia de poesia, delicadeza e força e são todas estas coisas que me tocaram de uma maneira surpreendente. Além disso algumas outras obras que já li são citadas na obra (O mundo se despedaça e O olho mais azul). Dentro de um contexto que parece explicar ainda mais a obra que está sendo citada e ampliando o significado do momento que está sendo narrado.</span></span></div><div><span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div><div><span id="docs-internal-guid-a7af975e-7fff-f153-f363-06bd7f17f0ac"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Publicado em 2013 é o romance de estréia de Tayle Selasi que teve como mentora Toni Morrison (já escrevi sobre <a href="http://www.leioenleio.com/2019/11/livro-13-o-olho-mais-azul.html" target="_blank">O olho mais azul</a> e <a href="http://www.leioenleio.com/2020/02/a-origem-dos-outros.html" target="_blank">A origem dos Outros</a> aqui no blog). Adeus, Gana já foi traduzido em mais 25 idiomas e vale cada linha. É surpreendente. É fantástico.</span></span></div><div><span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div><div><span id="docs-internal-guid-ac96a914-7fff-1715-05ec-cddf23fc85bb"><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Outros autores africanos e afro americanos que apareceram aqui no blog:</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><a href="http://www.leioenleio.com/2019/11/livro-18-tambem-os-brancos-sabem-dancar.html" target="_blank">Kalaf Epalanga</a></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><a href="http://www.leioenleio.com/search/label/Chimamanda%20Ngnozi%20Adichie" target="_blank">Chimamanda Ngnozi Adichie</a></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><a href="http://www.leioenleio.com/2019/11/o-mundo-se-despedaca.html" target="_blank">Chinua Achebe</a></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><a href="http://www.leioenleio.com/2020/02/eu-sei-porque-o-passaro-canta-na-gaiola.html" target="_blank">Maya Angelou</a></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><a href="http://www.leioenleio.com/2020/06/o-caminho-de-casa.html" target="_blank">Yaa Gyasi</a></p><div><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div></span></div>Claudia Nandi Formentinhttp://www.blogger.com/profile/14318859929119618440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257640158235288850.post-73588276770599445522020-07-06T18:51:00.003-03:002020-07-06T18:55:23.789-03:00A casa do Rio Vermelho<span id="docs-internal-guid-16aac57f-7fff-a716-8439-d7c38927578d"><span style="font-family: arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEPYuwPtuJze6O7Vb_L2frVqkYjaSZJVT4-T_0jV9fIulLvvLrEmRYJZYsd2MbIQlX9zaI-r20ZAHBxDEIFrUcLwjzE6aboIDkxyt0iKblkDvxkQEiltF-lAuv7k54sUk6CWxsWPjvhR2a/s3264/IMG_4137.JPG" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Foto da capa do livro A casa do Rio Vermelho. A metade superior da capa é de cor laranja e a metade inferior é verde. A ilustração branca assemelha-se as ilustrações de cordel. Reproduz-se casas e muros. No canto superior esquerdo dentro de um círculo vermelho está o nome da autora: Zélia Gattai e no centro mas já na parte verde da capa o nome da obra. O registro foi feito em um jardim pois sobre a capa do livro há uma flor de hibisco vermelho." border="0" data-original-height="3264" data-original-width="2448" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEPYuwPtuJze6O7Vb_L2frVqkYjaSZJVT4-T_0jV9fIulLvvLrEmRYJZYsd2MbIQlX9zaI-r20ZAHBxDEIFrUcLwjzE6aboIDkxyt0iKblkDvxkQEiltF-lAuv7k54sUk6CWxsWPjvhR2a/w240-h320/IMG_4137.JPG" width="240" /></a></div>Que memórias guarda uma casa? Que memórias construímos em uma casa? Nestes dias de isolamento estas são perguntas que me faço quase diariamente. Sendo professora do curso de Design de Interiores elas vêm com mais força. Pensar nisso me levou de volta para A casa do Rio Vermelho - a construção e o livro.</span></span><div><span><span style="font-family: arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div><div><span id="docs-internal-guid-c8d9d58f-7fff-cfb9-5735-85e83a865b73"><span style="font-family: arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Já fui duas vezes na casa em que Jorge Amado e Zélia Gattai viveram. Uma casa carregada de memórias, de alegrias e tristezas… uma casa cheia de vida, amor e boas energias.Foi nesta casa que comprei este livro de Zélia Gattai. Um livro que traz as memórias deste lugar incrível em palavras. Uma tarefa difícil!</span></span></div><div><span><span style="font-family: arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div><div><span id="docs-internal-guid-15b24ce1-7fff-ff71-3a1a-430551c57bc5"><span style="font-family: arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O livros apresenta ao leitor a casa antes da casa. Como surgiu a ideia de voltar à Bahia, os amigos que ajudaram… Também mostra como as coisas foram acontecendo: o jardim, os sapos… Mas o livro não fala só da vida na casa. Fala de viagens realizadas pelo casal e como a casa era o porto seguro. Fala das personagens que ganharam vida naquele ambiente e chegaram até nós nos livros de Jorge. Fala de amigos e família.</span></span></div><div><span><span style="font-family: arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div><div><span id="docs-internal-guid-1f408af0-7fff-235f-904d-b1d19033230e"><span style="font-family: arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Eu já li alguns livros de Zélia e em todos eles tenho a impressão que ela fala de apenas uma coisa: o amor. Lembro de perceber isso já neste livro (que foi o segundo que li da autora). Acho que senti isso porque a sua narrativa é cheia de carinho. Carinho pelo homem que amou, carinho pelos pais, pelos filhos e netos. Carinho por quem trabalhava com ela e perto dela. Carinho pelos amigos. Ah, os amigos… merecem um texto só para falar desta relação linda entre o casal Jorge e Zélia e seus amigos.</span></span></div><div><span><span style="font-family: arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div><div><span><span style="font-family: arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div><div><span><span style="font-family: arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Quer conhecer mais livros da autora aqui no blog? Clique <a href="http://www.leioenleio.com/search/label/Z%C3%A9lia%20Gattai" target="_blank">aqui</a>. </span></span></div><div><span><span style="font-family: arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div><div><span style="font-family: arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Você também pode conhecer as obras que eu li de Jorge Amado clicando <a href="http://www.leioenleio.com/search/label/Jorge%20Amado" target="_blank">aqui</a>.</span></div>Claudia Nandi Formentinhttp://www.blogger.com/profile/14318859929119618440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257640158235288850.post-44715702227459091272020-06-27T21:11:00.002-03:002020-06-27T21:18:05.646-03:00A metamorfose<span id="docs-internal-guid-7dc6e72d-7fff-97f6-a690-346eeecea025"><span style="font-family: arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEik34VsX00IjUNCtbTLFIix3u7z4U-LFLLrmp110U_aRfPAxIgRH6ekrbYAjBWU5fGk5K-dIvLIjlMwM1mbq7R4o5fCjIT20x_hL46uKffR2BzajCNMY3IHUJw1EjTNDlpbLl7-Vt8jabA6/s3264/IMG_1317.JPG" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3264" data-original-width="2448" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEik34VsX00IjUNCtbTLFIix3u7z4U-LFLLrmp110U_aRfPAxIgRH6ekrbYAjBWU5fGk5K-dIvLIjlMwM1mbq7R4o5fCjIT20x_hL46uKffR2BzajCNMY3IHUJw1EjTNDlpbLl7-Vt8jabA6/s320/IMG_1317.JPG" /></a></div>Este foi um dos livros que li em 2019. Lembro de estar muito empolgada lendo e quando acabei um livro logo engatei este. Ele não estava separado para ler em 2019, apesar de ser um daqueles que eu queria muito ler. Este interesse estava em mim havia muito tempo. Vários outros livros que li tinham algum tipo de referência a ele, muitos professores me falaram dele e tinha uma <a href="https://www.youtube.com/watch?v=k0v-Rw4O2xc" target="_blank">música que eu ouvia quando era criança/adolescente que fazia uma referência clara ao livro</a> (espero que não tenha sido apenas eu que entendeu isso muuuuuuito tempo depois 😬). Assim cheguei ao livro que talvez seja o mais conhecido de Franz Kafka.</span></span><div><span><span style="font-family: arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div><div><span id="docs-internal-guid-d698ece1-7fff-cbc5-0424-f15e1e0524c8"><span style="font-family: arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Quando comecei achava que seria uma leitura chata, especialmente porque se trata de uma obra publicada em 1915 e acho que ainda sobram em mim aquela ideia de que livros com mais de cem anos têm uma linguagem muito rebuscada. Claro que essa impressão vem sendo dissipada há algum tempo (o que eu acho ótimo! 😃).</span></span></div><div><span><span style="font-family: arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div><div><span id="docs-internal-guid-07c79dae-7fff-f325-8151-856a6a7c11db"><span style="font-family: arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Se você não conhece esta história vale muito a pena ler. Conta a história de um homem comum que, em uma manhã, acorda com uma forma estranha. Uma casca cresceu em suas costas. Naquele dia ele não sai de casa, não vai trabalhar e praticamente não encontra com mais ninguém além dos pais. É fantástico! Fiquei muito agoniada com o texto mas encantada e muito pensativa. E como um bom livro ele volta de vez em quando e eu nem preciso lê-lo novamente para isso.</span></span></div>Claudia Nandi Formentinhttp://www.blogger.com/profile/14318859929119618440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257640158235288850.post-86302094250608685362020-06-21T20:01:00.002-03:002020-06-21T20:01:36.336-03:00Americanah<span id="docs-internal-guid-4c9bb707-7fff-8b6d-f5ec-3fbdeb56e39b"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjADjpqNFMFd8HRdnVzU-O4LMQrFTaFIYJdLuqR4vLO3YBspVai9CXM94AmvhMeHwyzS6J09_Ki90PZHNPqnSWY4DVphixTZA-R02wAE3dOc_-V9eBhoD68poiCzLZaJLEdLIX8QeBVYJsj/s750/IMG_3950.PNG" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="Capa do livro Americanah. Fundo azul, título da obra escrito em vermelho no alto da página e silhueta branca de uma mulher com cabelos crespos e volumosos. O único ponto de cor na silhueta é uma faixa vermelha que delimita onde termina o rosto e onde começa o cabelo." border="0" data-original-height="747" data-original-width="750" height="319" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjADjpqNFMFd8HRdnVzU-O4LMQrFTaFIYJdLuqR4vLO3YBspVai9CXM94AmvhMeHwyzS6J09_Ki90PZHNPqnSWY4DVphixTZA-R02wAE3dOc_-V9eBhoD68poiCzLZaJLEdLIX8QeBVYJsj/w320-h319/IMG_3950.PNG" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td></tr></tbody></table>Chimamanda se tornou uma das minhas autoras preferidas. Não acho que a sua leitura seja das mais leves, mas ainda assim é ótima. Tenho sempre a impressão de que sou parte da história. Sinto as dores e os medos (e as alegrias também) das personagens, mesmo que muitas das situações descritas por ela pareçam estar muito longe da minha realidade. Por conhecer um pouquinho da obra de Chimamanda Ngozi Adichie, já leio suas obras preparada. E um exemplo disso é a estratégia de sempre ter um livro-refúgio, aquele que leio quando a história começa a ficar tensa e eu preciso de um respiro para continuar (faço isso quando estou com livros teóricos também. Ajuda muito). Chimamanda, para mim, é sempre um soco no estômago e com Americanah, que eu li em 2018, não foi diferente. Discussões de raça, gênero e imigração estão todas lá.</span></span><div><span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div><div><span id="docs-internal-guid-908660a6-7fff-cc1c-07e8-92c45480b97c"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Americanah tem como protagonistas Ifemelu e Obinze, um casal com sonhos lindos em um país com sérias dificuldades (Nigéria). Ifemelu vai estudar nos Estados Unidos com uma bolsa parcial e é aí que a tensão sobe (hora de algumas páginas do livro-refúgio). Obinze acaba indo para a Inglaterra atrás de seus sonhos. Os dois se tornam migrantes, cada um do seu jeito, enfrentando os seus perrengues (que são muitos).Para cobrir as despesas, Ifemelu começa a trabalhar como babá, até começar a escrever um blog sobre sua experiência vivendo na América. Esse é um momento interessante, em que várias reflexões sobre o comportamento americano com relação ao mundo, aparecem.</span></span></div><div><span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div><div><span id="docs-internal-guid-584f15a4-7fff-032f-cffb-01c7d5bacfd7"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Palavras contidas e silêncios angustiantes me acompanharam nesse momento. Não só da protagonista, minhas também. Era muito difícil falar sobre esse livro que desconstrói a ideia de uma América para todos, do sonho americano. É duro e sensível. É lindo e doloroso. E é atual, muito atual.</span></span></div><div><span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div><div><span id="docs-internal-guid-d8078c57-7fff-2fb8-8575-d2d9394676ae"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Sobre migração e refugiados eu já escrevi também sobre as seguintes obras:</span></span></div><div><span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div><div><span id="docs-internal-guid-26c59452-7fff-593b-045a-981721f7e351"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><a href="http://www.leioenleio.com/2019/11/livro-18-tambem-os-brancos-sabem-dancar.html" target="_blank">Também os brancos sabem dançar (Kalaf Epalanga)</a></span></span></div><div><span id="docs-internal-guid-07d7a524-7fff-8d3c-8aec-8f90fc40a997"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><a href="http://www.leioenleio.com/2019/02/livro-2-pequena-abelha.html" target="_blank">Pequena Abelha (Chris Cleave)</a></span></span></div><div><span id="docs-internal-guid-1cee36b4-7fff-aecf-cb32-84f609786e0a"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><a href="http://www.leioenleio.com/2019/11/livro-21-deserto-de-ossos.html" target="_blank">Deserto dos ossos (Chris Bohjalian)</a></span></span></div><div><span id="docs-internal-guid-2e7db072-7fff-d368-ff17-187b607f4a83"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><a href="http://www.leioenleio.com/2019/11/longe-de-casa-malala-yousafzai.html" target="_blank">Longe de casa (Malala Yousafzai)</a></span></span></div>Claudia Nandi Formentinhttp://www.blogger.com/profile/14318859929119618440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257640158235288850.post-38025155400267567862020-06-18T18:33:00.001-03:002020-06-18T18:33:37.239-03:00Jangada de Pedra<span id="docs-internal-guid-881812c1-7fff-a39b-398c-4663e0299701"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjigPpnhUmiHTWJcsnS7gpnob7yAYjkKPyubCZFuo3U3y_JlLPiE6hwAx_54mmyJbBo_PW5s8xSjhQPM5RRt-lyN93iem7ngkBgjr4m1Guoq8kATiRgbeJk98q_7NHeZCjC-9bG6cBUSY4H/s2847/FE301051-B32B-47CB-A65B-29B581305478.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2847" data-original-width="2448" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjigPpnhUmiHTWJcsnS7gpnob7yAYjkKPyubCZFuo3U3y_JlLPiE6hwAx_54mmyJbBo_PW5s8xSjhQPM5RRt-lyN93iem7ngkBgjr4m1Guoq8kATiRgbeJk98q_7NHeZCjC-9bG6cBUSY4H/s320/FE301051-B32B-47CB-A65B-29B581305478.jpg" /></a></div>Coisas estranhas acontecem na Península Ibérica. Todas parecem envolver um fato: de forma inexplicável toda a península se transforma em uma ilha. Sim, ela se separa do continente e segue seu rumo pelo oceano Atlântico. Ah! Saramago… sempre trazendo assuntos que parecem impossíveis de acontecer para discutir coisas tão reais. É assim em <a href="http://www.leioenleio.com/2010/05/ensaio-sobre-cegueira.html" target="_blank">Ensaio sobre a cegueira</a> também.</span></span><div><span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div><div><span id="docs-internal-guid-33e3598b-7fff-ca4d-68d3-24d6616ca0f8"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Antes de ler eu não sabia sobre o que se tratava porque tento não ler outras coisas antes das leituras e as vezes isso complica a minha vida com os livros. Este foi um caso. Para mim foi bem difícil de ler. Mas acho que não foi só porque Saramago brinca com a língua portuguesa de um jeito que só um grande conhecedor do idioma conseguiria. Também não é porque se trata de um texto um tanto quanto fantasioso que toca em alguns pontos da realidade que eu não conheço em sua completude. Acho que a condição em que lemos conta muito e eu li este livro no meio de uma pandemia que nos obrigou a um isolamento social de meses. Neste período minha concentração ficou um pouco prejudicada por conta da ansiedade, do cansaço, do medo… Não vou mentir: em alguns momentos eu me senti dentro do livro Ensaio sobre a cegueira.</span></span></div><div><span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div><div><span id="docs-internal-guid-2f71637d-7fff-feb9-d846-7c948508efa9"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Depois de ler Jangada de Pedra fui procurar mais sobre a obra. Coisas que me ajudassem a entender o texto por trás de toda a criatividade deste autor que eu gosto mas que acho difícil. E o que encontrei foi quase revelador. Sabe quando dá vontade de ler tudo novamente só para entender melhor? Pois é, foi o que aconteceu. Com esta separação hipotética da península quatro personagens se encontram e começam a viver uma longa aventura que mostra o leitor lendas e histórias daquela região da Europa. Aliás, um dos elementos que vem a tona é a identidade da ilha que se forma. Continuam sendo europeus? Algum dia eles realmente se sentiram acolhidos pelo continente? O interessante dessas questões é que, apesar de se tratar do continente europeu poderia se pensar nelas para muitas outras coisas.</span></span></div><div><span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div><div><font face="Arial"><span style="font-size: 14.6667px; white-space: pre-wrap;">P. S: Já escrevi sobre outras obras de José Saramago. Clique <a href="http://www.leioenleio.com/2019/11/jose-saramago-para-todas-as-idades.html" target="_blank">aqui </a>para ver.</span></font></div>Claudia Nandi Formentinhttp://www.blogger.com/profile/14318859929119618440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257640158235288850.post-52386515683468699942020-06-15T17:40:00.000-03:002020-06-15T17:40:06.116-03:00Mandela: uma história para todas as idades<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_Nf5JZno82EsQzs8FR03IdcFguQMCVXrSamRGk3es0GpJqVINvCPpb3XxJIaHspq6V6q0h9V3-v2Ueu42ALwJjaCNa0v7KPkoiNWMVAwGx93Y8CpUqv3CiH_Z_5FRrH6mW8ucMlIXhuAr/s2493/nelson_mandela.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2493" data-original-width="2448" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_Nf5JZno82EsQzs8FR03IdcFguQMCVXrSamRGk3es0GpJqVINvCPpb3XxJIaHspq6V6q0h9V3-v2Ueu42ALwJjaCNa0v7KPkoiNWMVAwGx93Y8CpUqv3CiH_Z_5FRrH6mW8ucMlIXhuAr/w314-h320/nelson_mandela.jpg" width="314" /></a></div>Este foi um texto que, originalmente, eu publiquei em um outro blog que eu tenho/tinha (<a href="http://noaltodasnuvens.blogspot.com/search?updated-max=2018-08-09T11:17:00-07:00&max-results=7&start=7&by-date=false" target="_blank">No alto das nuvens</a>). Mas agora com algumas mudanças que estou fazendo nos meus textos resolvi publicá-lo aqui também. Além disso, acho que é um momento propício para atualizar este material. Então vamos ao texto.<div><br /></div><div><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; white-space: pre-wrap;">Esse livro não é para crianças pequenas e um dos motivos é por ter muito texto. Mas aqui em casa eu leio pequenos trechos por dia para todo mundo ter acesso, mas essa é uma escolha minha e não preciso nem dizer que, vez por outra, me enfio em cada enrascada que nem mesmo eu acredito porque as perguntas que aparecem nem sempre são fáceis de responder. Sua classificação é infanto-juvenil.</span></div><div><br /></div><div><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; white-space: pre-wrap;">O outro motivo é: como explicar para pessoas que nasceram no século XXI, o que é o apartheid? Certamente não é tarefa das mais fáceis. Esse livro, escrito por Alain Serres e ilustrado por Zaü (que já ilustrou outro livro sobre o qual <a href="http://www.leioenleio.com/2020/06/martin-luther-king-e-rosa-parks-unidos.html" target="_blank">escrevi aqui</a>), consegue. E o faz de uma maneira bem legal: contando a história de Nelson Mandela e seus amigos e companheiros de luta. Eu sou super suspeita para falar.</span> </div><div><br /></div><div><span id="docs-internal-guid-3da818ac-7fff-6c67-674b-93a5ba42579b"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Nelson Mandela completaria cem anos em 2018. Foi condenado à prisão, de onde saiu em 1990, depois de 27 anos de cárcere. Viu, em 1991, as leis do apartheid serem abolidas e dividiu com De Klerk, o Nobel da Paz. Em 1994, foi eleito o primeiro presidente negro da África do Sul, na primeira eleição em que negros, brancos e indianos puderam votar naquele país. Morreu em 2013 e é impressionante como ainda é lembrado e continua inspirando pessoas por todo o mundo. Esse livro ajuda a manter viva sua luta e fortalece o respeito por aqueles que ainda lutam por uma<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div> sociedade mais justa. Permitir que as novas gerações conheçam situações tão vergonhosas e desumanas (que queremos esquecer) é um caminho para que não aconteça mais e para que o mundo seja, de fato um lugar melhor para se viver.</span></span></div><div><span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div><div><span id="docs-internal-guid-4c365e94-7fff-a75e-91fa-89eef340f6d7"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">No fim do livro há uma seção chamada “Para compreender melhor” com fotos, cronologia da vida de Mandela, mapa, palavras-chave.</span></span></div>Claudia Nandi Formentinhttp://www.blogger.com/profile/14318859929119618440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257640158235288850.post-72863302847157257852020-06-15T17:19:00.006-03:002020-06-15T17:22:50.218-03:00Martin Luther King e Rosa Parks: unidos pela igualdade<div class="separator"><span style="clear: left; float: left; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmNIJ6j7_hItABHhKqb-FK-SzRw9LCG1erKnF50D8vM-mE7qmO7SbqKwRE2iS-8YczQhe5rRTgSznc02AxvjPdLAlH6m8mhSRKufxXJYMbjy2r34m-AOWP0ZnAOssIDoY5cYqoZsLXeteM/s1632/Martin_rosa_parks.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1620" data-original-width="1632" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmNIJ6j7_hItABHhKqb-FK-SzRw9LCG1erKnF50D8vM-mE7qmO7SbqKwRE2iS-8YczQhe5rRTgSznc02AxvjPdLAlH6m8mhSRKufxXJYMbjy2r34m-AOWP0ZnAOssIDoY5cYqoZsLXeteM/s320/Martin_rosa_parks.JPG" width="320" /></a></div>Duas pessoas fundamentais para as lutas pelos direitos civis dos negros dos Estados Unidos em um único livro. Martin Luther King eu conhecia há algum tempo Rosa Parks conheci melhor com esta obra. Ele um líder religioso que sonhava com um mundo melhor, ela uma mulher que ousou sentar em um banco de ônibus que lhe era proibido. Isso mobilizou a população negra em um boicote contra os transportes públicos e durante mais de um ano cerca de 40 mil pessoas não usaram ônibus na região de Montgomery até que a Suprema Corte Americana tornou inconstitucional a separação das pessoas nos ônibus. Martin e Rosa... os dois juntos para diminuir as desigualdades e as mais diversas formas de violência.</span></div><div><span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div><div><span id="docs-internal-guid-9f065da7-7fff-a3b9-ae31-cc348235b4ab"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Um livro lindo para crianças e jovens. Eu li este livro para os meus filhos quando eles ainda não sabiam ler. Com eles consegui ler todo sem que eles ficassem cansados e desatentos mas esta leitura biográfica eu sempre fiz com eles, e isso pode ser uma explicação para esta paciência. Como o livro é um pouco longo é possível que, se você for ler com as crianças, tenha que ler em partes e que tenha que parar para explicar algumas cenas (ou mesmo pular - caso as crianças sejam muito pequenas vale contar com as suas palavras - já fiz várias vezes).</span></span></div><div><span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div><div><span id="docs-internal-guid-c7ba92c4-7fff-cef5-120f-e9e67c3a1810"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O livro traz ainda uma seção Para Compreender Melhor que explica melhor os fatos e traz fotos e mapas dos eventos mencionados no livro. Ah, a autora deste livro é a francesa Raphaële Frier. Ela já escreveu várias obras para crianças entre elas algumas biografias como esta. Já o ilustrador é o também francês André Langevin (conhecido como Zaü) ele também se destacou no mercado editorial infantil (já escrevi sobre uma das obras dele que fala sobre Madela).</span></span></div>Claudia Nandi Formentinhttp://www.blogger.com/profile/14318859929119618440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257640158235288850.post-56609249045880772662020-06-12T10:42:00.003-03:002020-07-08T15:03:58.831-03:00O caminho de casa<span id="docs-internal-guid-b9facc9a-7fff-4959-6392-1a5d2492e0fe"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a name='more'></a></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3291lQHBS649BJOMtk9fKSnpaRoB3e7-JetMCG4lSQF-NSIWFi6fOBZ34Ja0g1Bv_xtWU2DQX_y7XK-0yHzVqSJ41PN0rEnoRRuKOmWdiPPcDzcxyRDe_2XS5HUfk9IqCT4W9O_z0HcFH/s2838/caminho_casa_Yaa_Gyasi.JPG"><img alt="A capa do livro O caminho de casa tem cor predominante laranja, vermelha e azul com estampa com linha reta formando triângulos e losangulos. Na base da capa há a imagem do rosto de uma mulher negra de cabelos curtos com os ombros descobertos.." border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3291lQHBS649BJOMtk9fKSnpaRoB3e7-JetMCG4lSQF-NSIWFi6fOBZ34Ja0g1Bv_xtWU2DQX_y7XK-0yHzVqSJ41PN0rEnoRRuKOmWdiPPcDzcxyRDe_2XS5HUfk9IqCT4W9O_z0HcFH/w276-h320/caminho_casa_Yaa_Gyasi.JPG" title=""Fraqueza é tratar alguém como se pertencesse a você. Força é saber que cada pessoa pertence a si mesmo"" width="276" /></a><font face="Arial"><span style="font-size: 11pt; white-space: pre-wrap;">Duas irmãs separadas ainda pequenas em condições difíceis e que só compreendemos ao longo do livro. As duas têm destinos diferentes mas marcados por uma mesma questão. Effia é vendida pelos pais para um colonizador branco, James, e vive como sua ‘esposa’ em terras africanas. Já Esi é encarcerada e levada para a América como escrava. Alternando a histórias dos descendentes das duas irmãs Yaa Gyasi nos conta uma história que deixa lacunas. Lacunas que de várias maneiras foram deixadas na História.</span></font></span></span><div><span><span style="font-family: arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div><div><span id="docs-internal-guid-6fb1b0dc-7fff-7b52-573f-492ac1908c03"><span style="font-family: arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">No começo do livro , depois que a mãe foge em meio a uma plantação em chamas, o pai de uma delas “soube que a lembrança do fogo que queimou e depois fugiu atormentaria a ele, aos seus filhos e aos filhos dos seus filhos por todo o tempo que sua linhagem perdurasse” (p. 13). Este fogo é a escravidão. Mesmo tendo vidas tão diferentes esta questão social vai se fazer presente na vida de sete gerações das duas irmãs.</span></span></div><div><span><span style="font-family: arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div><div><span id="docs-internal-guid-2eb5e845-7fff-9f79-a03d-66b8469b3ee1"><span style="font-family: arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Os capítulos vão alternando descendentes de Effia e Esi. Enquanto isso eu ia torcendo para que eles se encontrassem e, de alguma forma, percebessem seus laços familiares/de sangue. Eu torcia mas tinha certeza que não aconteceria. Nessa trajetória a violência que as personagens vão sofrendo vão se modificando mas todas doem.</span></span></div><div><span><span style="font-family: arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div><div><span id="docs-internal-guid-4646bb9b-7fff-c35e-01a4-47f384932c98"><span style="font-family: arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Me emocionei muito lendo este livro apesar de chorar pouco (porque eu choro depois de ler, especialmente quando falo do livro mas raramente quando leio). É o tipo de leitura mais que necessária para todos.</span></span></div>Claudia Nandi Formentinhttp://www.blogger.com/profile/14318859929119618440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257640158235288850.post-1720292833873562712020-05-07T15:49:00.000-03:002020-05-07T15:49:40.101-03:00Sociedade literária e a torta de casca de batata<span id="docs-internal-guid-a1037631-7fff-4436-bd17-2eec7a4675c0"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Certamente este foi um dos livros mais lindos que eu já li. Um livro só de cartas que nos apresenta Juliet, uma autora que, um ano depois da Segunda Guerra Mundial, procura inspiração para seu próximo livro. Tudo está muito confuso quando ela recebe uma carta de Dawsey Adams vinda de uma ilha no meio do Canal da Mancha. Ele é um leitor que escreve para a jovem escritora pois comprou um livro que pertencia a ela e, por ter gostado muito da obra, gostaria de saber se a antiga dona que morava em Londres tinha mais informações sobre aquele escritor. É assim que ela conhece a sociedade literária naquela longínqua ilha durante a Segunda Guerra. Uma sociedade que salvou a vida de muita gente por lá. As cartas que são trocadas a levam para a ilha. E é assim que a história nos é apresentada. Conhecemos um pouco da ocupação alemã no Canal da Mancha e das estratégias que tanta gente no mundo encontrou para sobreviver ao período vivido naqueles tempos.</span></span><br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoGN_S-QNbv8-U_xOvuDdu1De_RDMU24uMGiiIBGTPreQuH0r7jG8BZY73QaRvoSecfHqWnsjFyAngVq7vc2laaZDGqZofXjg-8ZnI8xGXejaUMh_psapz_9w51w0lbc9CnbPBl4ehlkKz/s1600/sociedade_literaria.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1600" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoGN_S-QNbv8-U_xOvuDdu1De_RDMU24uMGiiIBGTPreQuH0r7jG8BZY73QaRvoSecfHqWnsjFyAngVq7vc2laaZDGqZofXjg-8ZnI8xGXejaUMh_psapz_9w51w0lbc9CnbPBl4ehlkKz/s320/sociedade_literaria.JPG" width="320" /></a><span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span><br />
<span id="docs-internal-guid-1a294e95-7fff-70a6-d5c9-d3253c1ed850"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">A obra nos mostra a importância dos livros e das pessoas para resistir a tempos dolorosos (como foi a Segunda Guerra e como são tantos outros, como este que estamos vivendo agora em meio a uma pandemia, quarentena…). Este livro de Mary Ann Shaffer e Annie Barrows tem tanta coisa linda escrita que resolvi compartilhar alguns trechos com vocês.</span></span><br />
<span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span>
<span id="docs-internal-guid-e25b7422-7fff-9c8c-87e5-d5ffa1f1c60f"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">“Tudo está tão destruído, Sophie: as ruas, os prédios, as pessoas. Particularmente as pessoas”.</span></span><br />
<span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span>
<span id="docs-internal-guid-5e332653-7fff-c4fe-caea-28f51fa0db11"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">“Não consigo pensar em solidão maior do que passar o restante da minha vida com alguém com quem não possa conversar ou, pior, com alguém com quem não possa ficar em silêncio”.</span></span><br />
<span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span>
<span id="docs-internal-guid-54f98094-7fff-f229-9999-588c4bc139de"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">“Talvez haja algum instinto secreto nos livros que os leve a seus leitores perfeitos. Se isso fosse verdade, seria encantador”</span></span><br />
<span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span>
<span id="docs-internal-guid-49e114f4-7fff-247a-7fd3-2124c69070a8"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">“É isto que amo na leitura: uma pequena coisa o interessa num livro, e essa pequena coisa o leva a outro livro, e um pedacinho que você lê nele o leva a um terceiro. Isso vai em progressão geométrica - sem nenhuma finalidade em vista, e unicamente por prazer”</span></span><br />
<span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span>
<span id="docs-internal-guid-e9f29778-7fff-439a-c2d7-907aafad35f6"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">“Eu tinha a impressão de que tínhamos sido todos transformados em mulas, fugindo apressados, cada um no seu próprio túnel”</span></span><br />
<span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span>
<span id="docs-internal-guid-ecc2bcf7-7fff-6f0a-dd7c-b75545dff80b"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">“Pensei, sinceramente, que todo mundo estaria tão cansado da guerra que não iria querer uma lembrança dela - muito menos um livro”</span></span><br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;"><br /></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; white-space: pre-wrap;">“O velho ditado - humor é a melhor maneira de tornar suportável o insuportável - talvez seja verdadeiro”</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span id="docs-internal-guid-56b78b59-7fff-b0ef-52e6-d2e5f431bb25"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">“Você já notou que existem pessoas - especialmente os americanos - que parecem intocados pela guerra, ou, pelo menos, não mutilados por ela?”</span></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span id="docs-internal-guid-d8abdb77-7fff-5263-eb48-670620357935"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">“Nós nos agarramos aos livros e aos nossos amigos; eles nos faziam lembrar que havia um outro lado em nós”</span></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span id="docs-internal-guid-dcc6e4a0-7fff-828d-273a-548a41f9e7b3"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">“Acho que você aprende mais quando está rindo ao mesmo tempo.”</span></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span id="docs-internal-guid-c1c41188-7fff-a588-9033-fa6a9dd9db2f"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">“‘A vida continua.’ Que bobagem, eu pensava, porque é claro que ela não continua. É a morte que continua; Ian está morto agora, estará morto amanhã e no ano que vem e para sempre. Não existe fim para isso. Mas, talvez, haja um fim para o sofrimento que isso causa”</span></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span id="docs-internal-guid-35f1b45b-7fff-d9b5-c486-a7fe25818393"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">“Como dizia Sêneca: ‘Sofrimentos leves são loquazes, mas os grandes são mudos.”</span></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span id="docs-internal-guid-84881969-7fff-09d8-9ae6-c889f429f60b"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">“Alguns daqueles sujeitos eram maus, entravam na sua casa sem bater, maltratavam você. Eram do tipo que gostava de estar por cima, porque nunca tinham estado antes.”</span></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span id="docs-internal-guid-478477cb-7fff-3ae9-45c4-3cae1ee929bb"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">“De todas as coisas que ocorreram durante a guerra, esta - mandar os filhos embora para mantê-los em segurança - foi com certeza a mais terrível”</span></span></div>
Claudia Nandi Formentinhttp://www.blogger.com/profile/14318859929119618440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257640158235288850.post-61958002502297921922020-03-13T15:46:00.000-03:002020-03-13T15:51:20.633-03:00Três autoras que tratam de guerras<span id="docs-internal-guid-39e28a53-7fff-3015-7d14-c0384d53e462"><span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Se você começou a ler este post imaginando que vou tratar de livros que explicam conflitos de maneira teórico já começo dizendo que não é bem este o caminho do texto que será apresentado. O fato é que existem muitas histórias de ficção que são contextualizadas em guerras. Estas narrativas muitas vezes poderiam ter feito parte realmente destes conflitos mas como são textos ficcionais nunca saberemos se aconteceu de verdade. Mas entrar em contato com vidas vividas em contextos tão extremos como uma guerra nos fazem parar para pensar muito. Então vamos as três autoras que eu li e que eu adorei (algumas outras com a mesma temática ou ainda estão esperando para serem lidas ou estão em outra lista neste mês de março de 2020).</span></span><br />
<span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwMg6H8ejmJIDf0-_qwtyIELyrgBz1UrzGeQC0NypSiJun2kSpLy1c84Vs_KcOgi1I9iAGlduo2t1nP-X8-25XFLmzNQqKvpgZRZ6Rs-0UM1oXAwVBDhEAwrsqH_FpZre9BwY-CJmaJrKg/s1600/memorias_livro.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwMg6H8ejmJIDf0-_qwtyIELyrgBz1UrzGeQC0NypSiJun2kSpLy1c84Vs_KcOgi1I9iAGlduo2t1nP-X8-25XFLmzNQqKvpgZRZ6Rs-0UM1oXAwVBDhEAwrsqH_FpZre9BwY-CJmaJrKg/s200/memorias_livro.JPG" width="150" /></a><span id="docs-internal-guid-04fd4dad-7fff-637f-6c9d-c2925d917c64"><span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b>Geraldine Brooks:</b> autora do livro As memórias do livro, <a href="http://www.leioenleio.com/2019/11/livro-11-as-memorias-do-livro.html" target="_blank">que eu li em 2019</a>. Esta obra, vencedora do Pulitzer de ficção conta a história de um livro: o Manuscrito de Sarajevo. Este personagem tão inusitado passou por dive</span></span>rsos conflitos em sua vida posto que tem centenas de anos. O leitor passa pela perseguição aos judeus na Península Ibérica, Segunda Guerra Mundial e a Guerra de Sarajevo, para dar apenas alguns exemplos.<br />
<span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHmc3H9yknZo0d9ZB_nQGKOAWdy6QonjIX40SgLYorqq_sMzatC2W2LDKOQbA1BZFYcABwIGDFHD0tRKpsQrACcB0wR621BcGMfRu1rB0SJ9IcAYdvqJzSPSKhO-RRN5J2LeC2R90Htyce/s1600/tempo_entre_costuras.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1600" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHmc3H9yknZo0d9ZB_nQGKOAWdy6QonjIX40SgLYorqq_sMzatC2W2LDKOQbA1BZFYcABwIGDFHD0tRKpsQrACcB0wR621BcGMfRu1rB0SJ9IcAYdvqJzSPSKhO-RRN5J2LeC2R90Htyce/s200/tempo_entre_costuras.JPG" width="200" /></a><span id="docs-internal-guid-40ce1666-7fff-888f-f027-f113bfbb3ab3"><span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b>María Dueñas:</b> O primeiro livro que li desta autora espanhola foi O tempo entre costuras. A obra se passa em meio a Segunda Guerra Mundial e a Guerra Civil Espanhola. A personagem principal desta obra é uma costureira que depois de passar por poucas e boas torna-se espiã durante o conflito mundial. É um livro cheio de aventura, suspense e romance. Esta obra foi adaptada para a TV (tem série) e eu gostei bastante da produção. </span></span><br />
<span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgW5Jwtg3UCZCTYOSZVGOq5Q_cVpho7ygapOTWrzAEwXJr7TDtec6uEPv5RarSd9BzF2bDVQxHAJN1fm4nPPVXtgNrYt0Rhx6jy-s0NkrwN-dCmatWswvDUbQSDM33hbzVMLAFEWLncGthk/s1600/guerra_salvou_minha_vida.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgW5Jwtg3UCZCTYOSZVGOq5Q_cVpho7ygapOTWrzAEwXJr7TDtec6uEPv5RarSd9BzF2bDVQxHAJN1fm4nPPVXtgNrYt0Rhx6jy-s0NkrwN-dCmatWswvDUbQSDM33hbzVMLAFEWLncGthk/s200/guerra_salvou_minha_vida.JPG" width="150" /></a><span id="docs-internal-guid-8eefde56-7fff-af7a-ce39-0f3147328034"><span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b>Kimberly Brubaker Bradley:</b> Comecei a ler A guerra que salvou minha vida para fugir da angústia que sentia ao ler Hibisco Roxo e acabei lendo dois livros que me angustiaram conjuntamente. A obra junto com sua continuação - A guerra que me ensinou a viver - conta uma história que era muito comum durante a Segunda Guerra Mundial mas que nem sempre ouvimos falar. São crianças que são levadas para regiões em que a probabilidade de bombardeios é menor. Elas vão sem os pais mas as famílias que as recebe costuma ganhar alguma ajuda de custo por parte do governo (uma história semelhante com o começo de A menina que roubava livros). No caso dos livro de Kimberly a personagem principal, Ada, sofre muito com a falta de afeto (e mau tratos) da mãe e sabendo que seu irmão, Jamie, vai para o interior ela decide ir também. Tomar esta decisão não é exatamente a mais fácil pois Ada tem uma deformidade no pé que lhe dificulta muito a locomoção. Mas é sem dúvida uma bela história de superação. Muito sensível.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial"; font-size: 14.6667px; white-space: pre-wrap;">Observação: quem fez a foto do livro O tempo entre costuras foi uma querida amiga: Júlia Hahn. Obrigada Júlia.</span>Claudia Nandi Formentinhttp://www.blogger.com/profile/14318859929119618440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257640158235288850.post-48579335270549281972020-03-13T15:16:00.002-03:002020-03-13T15:16:49.798-03:00A história de Greta<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzj0JdUtPDDSBXvnUrBFZDO03RfS_pYqVLH-C43GiWltZ4bwhn5ck8P1ZlygcD3U3nDSurNqUsy7zbGQYHXRvpnN98qmyTIfmdK_1eFFWmwvS4Je5mUyZHvI4_N7AioEAUuF-oXy98ra5J/s1600/Greta_thunberg.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzj0JdUtPDDSBXvnUrBFZDO03RfS_pYqVLH-C43GiWltZ4bwhn5ck8P1ZlygcD3U3nDSurNqUsy7zbGQYHXRvpnN98qmyTIfmdK_1eFFWmwvS4Je5mUyZHvI4_N7AioEAUuF-oXy98ra5J/s320/Greta_thunberg.JPG" width="240" /></a><span id="docs-internal-guid-69a7bc15-7fff-e233-ec0c-3f0d1551c259"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O nome da sueca Greta Thunberg começou a aparecer para mim em 2018 quando as primeiras notícias de que uma garotinha estava faltando aula para pressionar os políticos de seu país a de fato fazerem alguma coisa pelo meio ambiente. De lá para cá seu nome e sua voz ganharam força e ela passou a ser ouvida com mais atenção tanto em seu país quanto fora dele. Apesar de tudo isso eu não conhecia muito da história desta pessoa que foi a mais jovem a ser reconhecida com a indicação para o Prêmio Nobel da Paz mas sempre parava para escutá-la. Adorei encontrar este livro.</span></span><br />
<span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span>
<span id="docs-internal-guid-df20ddf6-7fff-09eb-c715-e48538a6369d"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Com uma linguagem acessível para leitores de todas as idades Valentina Camerini, a autora desta biografia não autorizada, apresenta uma Greta engajada filha de uma família que a apoia e acredita muito em seu potencial. Com o apoio vindo de dentro de casa Greta ganhou o mundo e mostra que não podemos parar na primeira pedra que aparece no nosso caminho para alcançarmos nossos objetivos. Greta é portadora da síndrome de Asperger mas isso não a impediu de buscar soluções para o problema ambiental. Um problema, aliás, que não é só dela.</span></span><br />
<span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span>
<span id="docs-internal-guid-12e1e226-7fff-45e9-f96d-df98847ea2d5"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Aliás, esta é uma das minhas dicas para o mês da mulher: garotas que toda garota deveria conhecer: Greta Thunberg e Malala Yousafzai (falei sobre o livro Longe de Casa de Malala <a href="http://www.leioenleio.com/2019/11/longe-de-casa-malala-yousafzai.html" target="_blank">aqui no blog</a>).</span></span><br />
<span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span>
<span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">#pracegover: do lado esquerdo do texto há uma fotografia da capa do livro que é tema deste post. A obre está sobre um fundo de plantas predominantemente verdes. A capa do livro tem fundo branco com ilustração de folhas verdes e amarelas. No centro da capa, na parte superior há o título da obra: A história de Greta. Sob o título há a ilustração de uma menina que representa Greta. Ela veste uma capa de chuva amarela, tem os olhos e a pele claros. Os cabelos estão penteados com duas tranças laterais. Nas mãos protegidas por luvas Greta traz um cartaz onde se lê "Ninguém é pequeno demais para fazer a diferença. A biografia não autorizada de Greta Thunberg".</span></span>Claudia Nandi Formentinhttp://www.blogger.com/profile/14318859929119618440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257640158235288850.post-69373419145215665912020-03-08T18:34:00.003-03:002020-03-08T18:36:29.949-03:00Autoras negras que você tem que conhecer<span id="docs-internal-guid-9498e424-7fff-5a9d-41cd-1f5dfae63add"><span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Talvez você já conheças estas três autoras afinal elas são autoras mas também são conhecidas por palestras, entrevistas, prêmios. Se não conhece vale muito procurar por elas e descobrir um pouquinho destas mulheres incríveis. Foi muito difícil fazer uma breve descrição delas porque eu acho as três incríveis, com textos fortes e delicados ao mesmo tempo que tocam em pontos sensíveis, que nos machucam, mas que não nos deixam perder a esperança. Com elas conheci tempos e lugares tão diferentes dos meus que só tenho que agradecer por ter lido cada texto produzido por elas.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAlssfilGWkUKxGOiyom9laOFTEzEuWIUU2afqix25gLxzA_bmD1BlIlYPezJZVZ1QQtCcgmBio7gZ09jJtAHyktxaXG39qm78ATBMNtfW4u8-_Tu0lccF5IF-dJNze-WWmiX-pfjApVYk/s1600/no_seu_pesco%25C3%25A7o.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAlssfilGWkUKxGOiyom9laOFTEzEuWIUU2afqix25gLxzA_bmD1BlIlYPezJZVZ1QQtCcgmBio7gZ09jJtAHyktxaXG39qm78ATBMNtfW4u8-_Tu0lccF5IF-dJNze-WWmiX-pfjApVYk/s200/no_seu_pesco%25C3%25A7o.jpg" width="150" /></a><span id="docs-internal-guid-c522448b-7fff-81c9-d397-5ad031eb9d35"><span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b>Chimamanda Ngozi Adichie:</b> A autora nigeriana Chimamanda é uma daquelas pessoas que eu queria muito conhecer (e sendo um pouco ousada queria ser amiga). Ela tem algumas palestras no TED e foi por lá que a conheci. O primeiro livro que li dela foi Hibisco Roxo e de lá para cá já li vários outros mas <a href="http://www.leioenleio.com/2018/10/no-seu-pescoco.html" target="_blank">escrevi apenas sobre um</a>. Para 2020 planejo ler Meio Sol Amarelo. Na sua escrita é marcada por reflexões de raça e gênero.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b>#pracegover: </b>fotografia da capa do livro de fundo amarelo. O nome da autora vem escrito primeiro, no topo da capa, seguido do título da obra com letras maiores. Ambos possuem fonte preta. A ilustração da capa traz a imagem de uma mulher negra de perfil. Não é possível ver seus olhos ou detalhes do rosto, somente a silhueta. Os cabelos são longos, trançados e em azul. A roupa cobre os ombros mas deixa a parte que é possível ver das costas descobertas. Esta blusa tem estampa com linhas que formam losangos arredondados nos ângulo na cor preta com fundo amarelo.</span><br />
<span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgb4JLAIn_zvJRtimHmsUnHuMDfrKRW8zfHrCqbitM1CQ3IrSk05IR2-FwtpEsIVhy3fSdVsewpcmEI83uNVnbeWBxDk54tEqu3Fs7zOWGmCGQAldIHLFMqt8h_KFXyCqxMpzcLGychicAf/s1600/olho_mais_azul.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgb4JLAIn_zvJRtimHmsUnHuMDfrKRW8zfHrCqbitM1CQ3IrSk05IR2-FwtpEsIVhy3fSdVsewpcmEI83uNVnbeWBxDk54tEqu3Fs7zOWGmCGQAldIHLFMqt8h_KFXyCqxMpzcLGychicAf/s200/olho_mais_azul.JPG" width="150" /></a><br />
<span id="docs-internal-guid-f61b598f-7fff-ac83-12cd-0d68702467f0"><span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b>Toni Morrison: </b>O primeiro livro que li dela foi O olho mais azul e também foi o primeiro livro desta autora norte-americana ganhadora do Prêmio Nobel de Literatura. O olho mais azul foi um dos mais belos livros que eu já li. As duas obras que li da autora podem ser visto <a href="http://www.leioenleio.com/search/label/Toni%20Morrison" target="_blank">aqui</a>.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b>#pracegover:</b> fotografia do livro O olho mais azul. A obra está apoiada em um cobertor tendo em vista que se trata de uma superfície macia. A capa é azul com linhas finas e curvas em branco. A fonte do título da obra também é formada por linhas finas contrastam com o fundo por serem mais escuras. </span><br />
<span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtAwjbT8kmP8RlIzszXWzsgCvEdZsAajcWsOSadrhh81wtoE0gfb9jahK5x0HgV3S-JkN4QSciFP6Sf9XvCdcd18Uo0ryRfNR657IX6VJlYmPVNMc3k7j-nMGWGbyF_e5Q1-IBAjzuH8_Y/s1600/maya_angelou.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1238" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtAwjbT8kmP8RlIzszXWzsgCvEdZsAajcWsOSadrhh81wtoE0gfb9jahK5x0HgV3S-JkN4QSciFP6Sf9XvCdcd18Uo0ryRfNR657IX6VJlYmPVNMc3k7j-nMGWGbyF_e5Q1-IBAjzuH8_Y/s200/maya_angelou.JPG" width="154" /></a><span id="docs-internal-guid-0ceede0e-7fff-04f6-dfe2-7f2551b49b48"><span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b></b></span></span><br />
<b><span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b><br /></b></span></b>
<b>Maya Angelou: </b><a href="http://www.leioenleio.com/search/label/Maya%20Angelou" target="_blank">Os livros que li dela </a>são livros de memórias mas algumas vezes temos a impressão que não são. Comigo isso aconteceu especialmente com Eu sei porque o pássaro canta na gaiola. Lindo! <br />
<span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b>#pracegover:</b> A foto do livro é composta por um fundo branco sobre o qual está uma espécie de gaiola escura que está com a porta aberta. A porta é composta por dua que forma, cada uma, uma for. O livro está apoiado na gaiola. A capa tem a ilustração da figura de uma mulher negra. Os lábios, o fundo dos olhos e os detalhes do cabelo são rosados. Mesmo tom usado para escrever o título da obra. O nome da autora está do lado esquerdo do livro escrito com fonte laranja. </span><br />
<span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<br />
<br />
<span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span>Claudia Nandi Formentinhttp://www.blogger.com/profile/14318859929119618440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257640158235288850.post-79721204230567344192020-03-03T16:46:00.000-03:002020-03-08T18:37:04.205-03:00Cinco mulheres cheias de memórias para você conhecer<span id="docs-internal-guid-0d6cf801-7fff-5607-c6fa-4ff49bc1fa03"><span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O mês de março está começando e para comemorar este mês marcado pela luta feminina selecionei cinco mulheres que registraram suas memórias e que vale muito conhecer.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b><br /></b></span>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiINiHU4FFBBt0TxHinu0j2z-GUPtUbPuigws3-EDSVEANefuk4HUURU2v406mCAzdu5i65KWWmT_yh34_8Zv7hcSQ-qfViByW8PM1B_HhPjvD8oET_uajywl7Z9sRVDizYbqzPvGZFYTku/s1600/Fernanda_montenegro.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiINiHU4FFBBt0TxHinu0j2z-GUPtUbPuigws3-EDSVEANefuk4HUURU2v406mCAzdu5i65KWWmT_yh34_8Zv7hcSQ-qfViByW8PM1B_HhPjvD8oET_uajywl7Z9sRVDizYbqzPvGZFYTku/s200/Fernanda_montenegro.JPG" width="150" /></a><span id="docs-internal-guid-7bd3f64a-7fff-8aef-afd7-8ba37d39d0ba"><span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b><a href="http://www.leioenleio.com/2019/11/livro-16-prologo-ato-epilogo-memorias.html" target="_blank">Prólogo, ato, epílogo (Fernanda Montenegro):</a> </b>Em 2019 li o que a grande dama do teatro brasileiro registrou sobre o seus quase cem anos de vida. Uma mulher incrível que não deixa de lembrar de seus antepassados com muito carinho. É lindo quando no Prólogo ela conta sobre a vinda dos avós para o Brasil e sobre a vida dura da família. É lindo como ela conta que o avô ajudou a construir o teatro onde anos depois ela ganharia um prêmio de melhor atriz que ela dedicou ao avô. É emocionante a lucidez dela. É uma bela parte da História do Brasil contada com o olhar de quem viu quase tudo com as lentes da arte.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">#pracegover: a foto do livro de Fernanda Montenegro está a esquerda da página. O livro está em uma superfície cinza com flores brancas e rosas. A capa da obra tem a foto da atriz em tons de preto e branco. Ela é uma mulher de pele clara e cabelos brancos. Está vestindo roupa preta e as mãos estão levemente apoiadas sobre a sua boca. Em vermelho está seu nome (Fernanda Montenegro) disposto em duas linhas. Logo abaixo está o título em branco (Prólogo, ato, epílogo) logo abaixo a palavra memórias. Na base da capa aparece a marca da editora (Companhia das letras).</span><br />
<span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtTE_XnaD9hj3g8hTrtJ31JWoSK8xVc7K4MyPwzdyc6yPTHmlsvw8-L0rjVUDLyRH-j_6amtF7Sfn5YM0jcOKx2MjmhiusP-K0n8CM-xJrpn5y4ozu2RtY7tSh43zNtIcBxCCN6uuborvH/s1600/vacina_sapo_zelia_gattai.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtTE_XnaD9hj3g8hTrtJ31JWoSK8xVc7K4MyPwzdyc6yPTHmlsvw8-L0rjVUDLyRH-j_6amtF7Sfn5YM0jcOKx2MjmhiusP-K0n8CM-xJrpn5y4ozu2RtY7tSh43zNtIcBxCCN6uuborvH/s200/vacina_sapo_zelia_gattai.JPG" width="150" /></a><span id="docs-internal-guid-d7d0a7a3-7fff-af87-cb44-c566a806cce8"><span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"></span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span id="docs-internal-guid-d7d0a7a3-7fff-af87-cb44-c566a806cce8" style="font-size: 11pt;"><span style="font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"><b style="font-weight: bold;"><a href="http://www.leioenleio.com/2020/01/memorial-do-amor-vacina-de-sapo.html" target="_blank">Memorial do amor e Vacina de sapo (Zélia Gattai)</a>:</b><b style="font-weight: bold;"> </b>Na verdade citei este livro que li em 2020 porque decidi que colocaria o nome das obras. Mas quase todas as obras de Zélia Gattai cabem nesta categoria de memória já que ela é uma memorialista de mão cheia e quase todas as suas obras são memórias ou melhor causos que ela conta da sua vida desde a infância, em São Paulo, até sua vida com Jorge Amado, em Salvador (caso deste livro que citei). Todos são lindos e parecem que estão sendo contados por nossas avós de tanto af</span></span><span style="font-size: 11pt;">eto que tem em cada recordação.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: 11pt;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: 11pt;">#pracegover: a foto da capa está em um fundo com céu azul e duas áreas de vegetação separada por um muro claro. A capa é de um azul mais escuro que o céu. Do lado esquerdo um círculo amarelo traz em seu centro o nome da autora (Zélia Gattai). Do lado direito da capa há a ilustração de algumas flores em um tom de azul mai claro e uma espécie de barco que parece estar navegando. Em primeiro plano um casal ilustrado em verde escuro (o homem a esquerda e a mulher a direita) estão de perfil e de mãos dadas. Entre os dois um peixe e algumas flores em azul claro. Do lado esquerdo do homem algumas flores também em azul claro. Na base da capa está escrito o título da obra em verde claro.</span></span><br />
<br />
<span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b><br /></b></span>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjejv0rynodryiDiIHz-OFkr7TOwjKWkBbyYxDE_UTktf3eDYuAxKRrPmYNb9r4L3iaGM7wh1MoaikhVK9cn7X-6mu61EFhSlJ7UuWwuCXmySYQVnsrQ89AGA1G85IJGDUi1E7SRFrw7zkT/s1600/carta_minha_filha.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjejv0rynodryiDiIHz-OFkr7TOwjKWkBbyYxDE_UTktf3eDYuAxKRrPmYNb9r4L3iaGM7wh1MoaikhVK9cn7X-6mu61EFhSlJ7UuWwuCXmySYQVnsrQ89AGA1G85IJGDUi1E7SRFrw7zkT/s200/carta_minha_filha.JPG" width="150" /></a><span id="docs-internal-guid-7ff0f078-7fff-d1ae-cacc-f387f13ef3a2"><span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b>Carta a minha filha (Maya Angelou):</b> nunca tinha lido nada desta autora até este livro que devorei em 2019. É um livro lindo com conselhos baseados nas experiências de Maya Angelou. Este livro me motivou a ler outro que estava a tempo na minha prateleira. Conselhos que servem para todas as mulheres e que me fizeram sentir um pouco mas próxima desta mulher incrível.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">#pracegover: O livro está sobre uma mesa transparente. Do lado esquerdo da foto aparecem parte de uma xícara de café e um prato com um pedaço de bolo de chocolate e as pontas de um garfo. Ao lado do prato está o livro com uma capa amarela escura contendo a gravura de um turbante verde e de lábios escuros formando o rosto de uma mulhere. Sobre esta ilustração está escrito de marrom Maya Angelou e de rosa, logo abaixo, Carta a minha filha. Ambas escrita em letra maiúscula.</span><br />
<span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1TGCh6_MsuYVQbF2ciUJIv5SDfaVyKtQzFcYz6NwS7Eiufb_HNSILuoM_bEVevJ-RMzR6ZMnT4wDONTWglMpRaa80SVIUu-Z8hE-R3yhZhLrqBWIxhJDKkmNVQAVs7B3UsMEArXrVjXgA/s1600/Hillary_Clinton.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1TGCh6_MsuYVQbF2ciUJIv5SDfaVyKtQzFcYz6NwS7Eiufb_HNSILuoM_bEVevJ-RMzR6ZMnT4wDONTWglMpRaa80SVIUu-Z8hE-R3yhZhLrqBWIxhJDKkmNVQAVs7B3UsMEArXrVjXgA/s200/Hillary_Clinton.JPG" width="150" /></a><span id="docs-internal-guid-1560d5fd-7fff-0512-3e18-25c8901e759a"><span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b></b></span></span><br />
<b><span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b><br /></b></span></b>
<b><a href="http://www.leioenleio.com/2019/11/livro-10-hillary-rodham-clinton-vivendo.html" target="_blank">Vivendo a História (Hillary Clinton):</a></b> Li este livro em 2019. Nesta obra Hillary Clinton conta um pouco da sua vida, desde a infância até sua passagem pela Casa Branca como Primeira Dama dos Estados Unidos. É muito interessante perceber as mudanças pelas quais ela passou, as pressões por ser uma pessoa pública e como ela teve jogo de cintura para encarar tudo isso ou melhor as motivações que a fizeram encarar os percalços de ser uma pessoa da política.<br />
<br />
#pracegover: A foto traz o livro sobre o teclado de um computador. A capa do livro é em preto e branco. A capa traz a autora da obra com o queixo apoiado nos dedos da mão direita já que sua mão está fechada. Ela tem a pele clara. Os cabelos são curtos e claros. A roupa tem a gola alta e as mangas compridas. Ela está sorrindo. Abaixo da mão está escrito o nome da obra em letra de forma e o nome da autora como se fosse sua assinatura ambas possuem as letras douradas.<br />
<br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: "arial"; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b><br /></b></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: "arial"; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b><br /></b></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfdvt6UkIsnZylVBZJSkntLIq-8e9E7ktCWfq7JcYwoN7LLNhtS4e1sVMMkj4CVvT5EygfxNdkz_ToskJOraGBdo4UzviEIYhMmXkCu9Tikpv4pArYA-IOlzfuaeo2T0-JYmo827MNcOU9/s1600/minha_hist%25C3%25B3ria.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1334" data-original-width="992" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfdvt6UkIsnZylVBZJSkntLIq-8e9E7ktCWfq7JcYwoN7LLNhtS4e1sVMMkj4CVvT5EygfxNdkz_ToskJOraGBdo4UzviEIYhMmXkCu9Tikpv4pArYA-IOlzfuaeo2T0-JYmo827MNcOU9/s200/minha_hist%25C3%25B3ria.jpg" width="148" /></a><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: "arial"; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b></b></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<b><span id="docs-internal-guid-262c726c-7fff-1c06-5717-4496709b304d"><a href="http://www.leioenleio.com/2019/02/livro-4-minha-historia.html" target="_blank">Minha História (Michelle Obama):</a></span><span style="font-weight: normal;"> Também li este em 2019. Este livro também traz a vida de Michelle Obama desde a infância até a Casa Branca como Primeira Dama. Aqui temos contato com as dificuldades que esta mulher teve desde a infância. Descobrimos, por exemplo, que uma professora certa vez lhe disse que as universidades que ela desejava frequentar talvez não fossem para ela. Também conhecemos como ela e Obama se conheceram e como foi difícil se adaptar a vida de esposa de um político tão importante. Ao mesmo tempo ela conta como reconhecia se papel na Casa Branca mas como também queria dar a sua contribuição.</span></b></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<b><span style="font-weight: normal;"><br /></span></b></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<b><span id="docs-internal-guid-10746f9c-7fff-4a0b-91b4-3aba93e053fd" style="font-weight: normal;">Lendo as duas obras descobri que estas duas mulheres que eu já achava muito legais são incríveis. Cada uma do seu jeito, com a sua história deixaram suas marcas em seu país. Já me perguntaram qual das duas é melhor e a minha única resposta é que são diferentes.</span></b><br />
<b><span style="font-weight: normal;"><br /></span></b>
<b><span style="font-weight: normal;">#pracegover: O livro é um e-book e a capa está em uma moldura de kindle. Está sendo segurado por uma mão clara. Por ser do kindle a capa deste livro é toda em preto e branca. O fundo da capa é cinza. No alto da capa está o título da obra (Minha história) em letras brancas. Abaixo está a foto de Michelle Obama. Ela é negra e tem cabelos escuros e lisos. Está sorrindo. A palma da mão direita apoia o seu rosto. Ela veste uma blusa branca de mangas curtas e que deixa o seu ombro direito aparecer .</span></b></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<b><span style="font-weight: normal;"><br /></span></b></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<b><span style="font-weight: normal;">Quer conhecer outros livros de memórias e biografias que eu li? Clique<a href="http://www.leioenleio.com/search/label/Biografia%20e%20Mem%C3%B3rias" target="_blank"> aqui</a>. </span></b></div>
Claudia Nandi Formentinhttp://www.blogger.com/profile/14318859929119618440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257640158235288850.post-12613650616068157152020-03-01T20:48:00.000-03:002020-03-01T20:50:55.258-03:00Biografia de Maria Bonita<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3nGx7jKWRnNp0-ox0zTf7P4VfsenxwPlUWUtcYQTDo9m7QkeOmX82GMJgTvmMJ-3ds3UgAjZn7fKTgr8hpGW21DaShvCgQlpegLep-H8z46IlBSwUV_noXoEWUN6CMdwuE8pxeU06dYGa/s1600/maria_bonita.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1280" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3nGx7jKWRnNp0-ox0zTf7P4VfsenxwPlUWUtcYQTDo9m7QkeOmX82GMJgTvmMJ-3ds3UgAjZn7fKTgr8hpGW21DaShvCgQlpegLep-H8z46IlBSwUV_noXoEWUN6CMdwuE8pxeU06dYGa/s320/maria_bonita.JPG" width="256" /></a><span id="docs-internal-guid-a7b6bef3-7fff-1a07-e5c2-73693294eff0"><span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Junto com Lampião ela forma um dos casais mais famosos da história do Brasil. Seus nomes e suas histórias chegam a partir das mais diversas plataformas (músicas, séries, filmes, livros…) e é difícil o brasileiro que nunca tenha ouvido falar dos cangaceiros liderados por Lampião. Cada um de nós tem a sua imagem formada sobre estas pessoas. A lente que Adriana Negreiros nos dá para enxergar esta história é, talvez, um pouco diferente do que estamos habituados.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<span id="docs-internal-guid-3a5e4f68-7fff-29ab-a748-dca9e7ac35b8"><span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Comecei a ler este livro achando que sairia dele entendendo tudo sobre Maria Bonita. Muitas vezes quando lemos uma biografia acabamos entrando fundo no personagem que está sendo retratado e acabamos achando que desvendamos a alma e a mente daquele personagem. Não foi bem isso que aconteceu, não diretamente. Até porque eu esperava ler sobre Maria Bonita e a própria autora já nos diz no início da obra que esta personagem (Maria Bonita), que se tornou uma marca tão forte, não existia no cangaço. Então quem vamos conhecer é Maria de Déa.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<span id="docs-internal-guid-d1b1ef7b-7fff-1639-282c-8ddcb788e36a"><span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">É o olhar de Maria de Déa que nos guia pelo cotidiano do bando de Lampião. É com ela que vamos formando a imagem das mulheres que participaram daquele grupo e como estas mulheres tinham um papel importante ali mas também como elas chegavam e permaneciam ali (que quase nunca era por livre e espontânea vontade). Como foi descobrir tudo isso? Um pouquinho difícil mas muito bom. Aprendi a desconstruir e reconstruir muita coisa e agora quero ler mais sobre isso para desconstruir e reconstruir tudo novamente.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">#pracegover: a imagem posicionada do lado direito da tela mostra a capa do livro Maria Bonita: sexo, violência e mulheres no cangaço. A capa é vermelha com detalhes em branco e amarelo. No topo da capa existem três linhas sendo duas linhas retas amarelas separadas por uma linha pontilhada branca. Logo abaixo um círculo circunda uma flor amarela. São duas na capa, uma em cada lado. Linhas curvas ligam um círculo a outros. Abaixo das linhas aparece o título da obra: Maria bonita em letras maiúsculas e brancas. Logo abaixo o subtítulo: sexo, violência e mulheres no cangaço em letras maiúsculas em amarelo e branco. Em uma espécie de moldura com linhas curvas há uma foto em sépia de Maria Bonita. Ela está sentada de pernas cruzadas, com os cabelos na altura do queixo. Maria Bonita está com as duas mãos em dois cachorros . Do lado esquerdo um cachorro claro sentado apoia o focinho na perna de Maria Bonita. Do lado esquerdo um cachorro escuro em posição de ataque com a boca aberta. Abaixo da foto segue o nome da autora da obra: Adriana Negreiros com letras maiúsculas e brancas. Na base da capa uma flor amarela de cada lado da página com linhas curvas verticais e brancas lingando-as. Abaixo uma sequencia de triângulos amarelos completam a capa. O livro está sendo segurado por uma mão com as duas unhas de cima pintadas de marron, uma vermelha e mais uma marron.</span>Claudia Nandi Formentinhttp://www.blogger.com/profile/14318859929119618440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257640158235288850.post-70259105699833466752020-02-11T15:07:00.000-03:002020-02-11T15:07:13.544-03:00<span id="docs-internal-guid-f84f5e2e-7fff-7ff6-3246-ac6817439e22"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Esta é a primeira obra escrita por</span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaTdsHzb2wBbxVDqnIsyXdtnST-s9SfntfDa8sUxZ2xd-1rLw_foZjJeBZhcgAdvGyXDBo2CwgppASB_Ob_WJmIcmdiERCc1zEj451mnWzZkcJ1czyTsHsVeA64pRHxBssPuQoxf4sSbvZ/s1600/pa%25C3%25ADs_carnaval.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaTdsHzb2wBbxVDqnIsyXdtnST-s9SfntfDa8sUxZ2xd-1rLw_foZjJeBZhcgAdvGyXDBo2CwgppASB_Ob_WJmIcmdiERCc1zEj451mnWzZkcJ1czyTsHsVeA64pRHxBssPuQoxf4sSbvZ/s320/pa%25C3%25ADs_carnaval.jpg" width="240" /></a></div>
Jorge Amado. O ano era 1931 e o autor tinha 18 anos. O País do Carnaval apresenta ao leitor a história de Paulo Rigger, um jovem que volta à Bahia depois de sete anos vivendo na França para onde seu pai, rico fazendeiro de cacau do sul do estado, o mandou para estudar Direito. Estudar não foi bem o que Paulo fez ao pegar o diploma sabia de muita coisa mas não necessariamente do ofício para que fora se preparar.<br />
<span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span>
<span id="docs-internal-guid-01f47716-7fff-adae-7a9b-df77c7b14976"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Ao retornar ao estado natal Rigger trouxe consigo uma admiração muito grande de tudo que vinha da Europa. Achava que o Rio de Janeiro era uma cidade do mundo assim como Paris ou Londres que “pertencem a todas as raças” (p. 9). Queria conhecer o interior brasileiro pois achava que lá estaria de fato o povo desse país que era o seu povo. “ O seu povo… Não, o seu povo não era aquele. Toda a sua formação francesa bradava-lhe que o seu povo estava na Europa. Lembrava-se: em Paris, os brasileiros falavam mal da sua terra. Muito mal mesmo. Ele, por contradição, sempre falara bem. A bordo, os passageiros saudosos elogiavam o Brasil. E ele mal. Agora, queria fazer uma idéia (sic) do Brasil.” (p. 9) E assim ele chega em terras tupiniquins e se encanta com o carnaval. Encontra amores e amizades, descobre o ciúme. Se entre os amigos parisienses foi apresentado a filosofia para alguns brasileiros a filosofia não servia para muita. Mas todo o grupo seguia procurando a resposta de uma pergunta que muita genta faz quando está na casa dos 20, 25 anos: como é possível encontrar a felicidade? Filosófico, não?</span></span><br />
<span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span>
<span id="docs-internal-guid-0c8ce253-7fff-d6ce-ad27-7c88d6678adf"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">É um livro que ainda não tem toda a complexidade das obras que Jorge Amado escreve na sequência desta. Mas é um texto que já anuncia a força da obra do escritor baiano.</span></span>Claudia Nandi Formentinhttp://www.blogger.com/profile/14318859929119618440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257640158235288850.post-73770331539931998632020-02-07T17:22:00.000-03:002020-02-07T17:22:41.423-03:00Amiga Genial - vol. 3 e 4<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjadRwJGL7aFpPzNcz_D46sXcHZS23duX2Z9khQnvvyztZAD23cbDZInCO_CLVvoVNTjcPJuLBTSzFyLBxYrsGjXPoiWil6BBVjOPfz4Dz-oNmMYu9Igvhai6lbPCGqKOxz0EZcNdtmAb6S/s1600/amiga_genial_3_4.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1458" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjadRwJGL7aFpPzNcz_D46sXcHZS23duX2Z9khQnvvyztZAD23cbDZInCO_CLVvoVNTjcPJuLBTSzFyLBxYrsGjXPoiWil6BBVjOPfz4Dz-oNmMYu9Igvhai6lbPCGqKOxz0EZcNdtmAb6S/s320/amiga_genial_3_4.JPG" width="291" /></a><span id="docs-internal-guid-d0fdb40c-7fff-fb9a-67b0-adce24a8f57d"><span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Impossível falar destes dois livros separados, pelo menos para mim. História de quem fica (Vol. 3) e História da menina perdida (vol. 4) são incríveis e para mim foi bem difícil não os ler na sequência. No caso das obras de Elena Ferrante eu precisei dar um tempo entre o primeiro e o segundo e entre o segundo e o terceiro. Esse período era importante para digerir aqueles personagens todos e compreender como eles estavam me tocando. Aquele maniqueísmo de bem e mal tão comum por aí não está presente nesta obra - e na vida também nem sempre está também, né? - o que fez com que as coisas não ficassem claras para mim e refletir sobre tudo isso era bem importante.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<span id="docs-internal-guid-70a6970a-7fff-25c0-630f-d9b77268b4ea"><span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Mas nestes dois últimos eu realmente queria saber o que ia acontecer e como as personagens principais, Lila e Lenu, iam resolver todos aqueles sentimentos que pareciam cada vez mais aflorados a medida que a idade avançava para elas. Eu também queria saber para onde Lila tinha ido, já que no início do primeiro livro da série nos deparamos com o desaparecimento dela. Para mim tudo foi surpreendente.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<span id="docs-internal-guid-4b584d10-7fff-451d-e5a6-0c08d37ee8d7"><span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Especialmente no quarto livro temos muito a visão da Lenu então se eu pudesse pedir alguma coisa para a Elena Ferrante seria que ela apresentasse a visão da Lila. Sei que ela não era muito de escrever mas vai que tivesse um diário… Queria conhecer melhor elas mesmo já me sentindo amiga das duas. Mesmo amando e odiando as duas. </span></span><br />
<span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Gente, sério, estou órfã de série de livro, de personagem...</span>Claudia Nandi Formentinhttp://www.blogger.com/profile/14318859929119618440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257640158235288850.post-52787125878915541862020-02-07T16:28:00.001-03:002020-02-07T17:23:52.686-03:00O segredo da Rua 18 - Zélia Gattai<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidkNisnkShctYFdtrrctSzSFfzGApQ_pU14vigjDsKpBB756IQJNbe37EdRgDWRubhFDaLvoUgRju6guu3tdC9apjivivmeQLPgJPVBVOR7FTP3-cptHxPCYEvCAjOqk5PyzbFz9nHklKY/s1600/segredo_rua_18.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1296" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidkNisnkShctYFdtrrctSzSFfzGApQ_pU14vigjDsKpBB756IQJNbe37EdRgDWRubhFDaLvoUgRju6guu3tdC9apjivivmeQLPgJPVBVOR7FTP3-cptHxPCYEvCAjOqk5PyzbFz9nHklKY/s320/segredo_rua_18.jpg" width="259" /></a><span id="docs-internal-guid-10d1f57f-7fff-18ae-30ab-99feeb9c51a0"><span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O segredo da Rua 18, de Zélia Gattai (a edição que tenho foi publicada em 1997 pela Editora Record) se passa em outro tempo. Para aqueles que estão inseridos em um mundo hiper digital pode parecer até estranho. O cenário é uma rua de trabalhadores, esquecida por muitos - nem nome tinha - e identificada por um número 18. Pais que saíam o dia todo para trabalhar e crianças que depois da escola achavam as mais diversas formas de passar o tempo incluindo trabalhar como engraxates, vendedores de doces etc. o que rendia uns trocados que ajudavam na renda familiar. Ainda não existiam os eletrônicos e a TV (quando havia) tinha conteúdo infantil pequeno e era na rua que estavam as melhores brincadeiras.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<span id="docs-internal-guid-8d313e30-7fff-4746-73d5-f2cac47070ac"><span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Neste local, vivem Doralice e Miguelinho. Eles moram com sua mãe, dona Rosa, que trabalha como lavadeira e ganha margaridas e lírios do jardineiro da casa onde trabalha. Com elas dona Rosa pretende fazer um pequeno jardim na frente da casa onde mora a família e pede para os filhos prepararem a terra. E é aí que começa uma super aventura para as crianças desta rua.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<span id="docs-internal-guid-8e37aac3-7fff-6952-8e58-69445fe40aae"><span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">É um livro cheio de flores, ingenuidade, mistério e, como já disse, aventura. É uma obra simples mas cheia dos perfumes daquelas histórias que os meus avós e meus pais me contavam de seu tempo de criança. Então tem muito afeto envolvido. Pudera, é o segundo livro infanto-juvenil da autora que disse sentir a necessidade de se dirigir a este público pois estava, naquele tempo, cercada pelos netos. Comprei este livro em um espaço coletivo de cultura bem perto do Pelourinho, em Salvador (BA) e entre as memórias que ele carrega está o autógrafo da autora. </span></span>Claudia Nandi Formentinhttp://www.blogger.com/profile/14318859929119618440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257640158235288850.post-41517289834068592772020-02-04T16:24:00.001-03:002020-02-04T16:31:14.472-03:00A origem dos Outros <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvzMW7Dyzf6tOYSPAUYjoT6cVGbP7qCzs-sgJx1EDKCNR69wL5VB9s1cCUtpTxSWovfKR1H7cJnaCJ2l3ATeBKNdVCnEfj3OnNmQ14LXfJacn6drtSl1JNQK6LIHJ8LWDE96cVqaJ6ENfT/s1600/origem_dos_outros.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvzMW7Dyzf6tOYSPAUYjoT6cVGbP7qCzs-sgJx1EDKCNR69wL5VB9s1cCUtpTxSWovfKR1H7cJnaCJ2l3ATeBKNdVCnEfj3OnNmQ14LXfJacn6drtSl1JNQK6LIHJ8LWDE96cVqaJ6ENfT/s320/origem_dos_outros.JPG" width="240" /></a><span id="docs-internal-guid-b3c3295e-7fff-0d7b-0fcc-3ae065dcf8a4"><span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Neste livro Toni Morrison, publicado pela Companhia das Letras, traz seis ensaios sobre racismo e literatura de uma maneira muito sensível e direta. De maneira muito didática ela vai apontando como o racismo vai sendo construído na sociedade ao longo da História. Já no prefácio, escrito por Ta-Nehisi Coates, compreendemos ao que a obra se propõe: “Esta é uma obra sobre a criação de ‘outros’ e a construção de muros, uma obra que lança mão da crítica literária, da história e das recordações pessoais numa tentativa de compreender como e por que acabamos associando esses muros à cor da pele”.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<span id="docs-internal-guid-bdf1593b-7fff-34c0-2405-b5f3400c5fff"><span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">A partir do primeiro ensaio a autora vai trazendo apontamentos que relacionam períodos históricos diferentes, literatura e memória. Com frases certeiras ela traz coisas sobre as quais acho que muita gente já pensou ou se questionou mas não conseguia materializar a resposta (me fiz entender ? 😬). São constatações como esta, que aparece no segundo ensaio da obra: “a necessidade de transformar o escravizado numa espécie estrangeira parece ser uma tentativa desesperada de confirmar a si mesmo como normal”.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<span id="docs-internal-guid-90df8f6b-7fff-608e-f1db-bf21f852a7ec"><span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Resumindo: estou cada vez mais encantada com Toni Morrison, autora que conheci ano passado ao ler <a href="http://www.leioenleio.com/2019/11/livro-13-o-olho-mais-azul.html" target="_blank">O olho mais Azul</a>. Ela nasceu em 1931 e faleceu em 2019. Ela foi a primeira mulher negra a ganhar o Prêmio Nobel de Literatura em 1993.</span></span>Claudia Nandi Formentinhttp://www.blogger.com/profile/14318859929119618440noreply@blogger.com0