O livro das virtudes

Este foi um livro que durante anos ficou na cabeceira da minha cama esperando uma oportunidade de ser lido. Aliás, o livro que eu li nem era meu e é até uma vergonha admitir ainda está comigo. Como o Diário de Anne Frank , dei este livro de presente para uma das minhas irmãs. Passado um tempo peguei emprestado, demorei para ler e, agora, está na minha prateleira. Não faço isso sempre tá gente! Eu juro! Mas vamos ao livro. Na verdade é um compilado de textos de diversos autores que tratam das virtudes que o ser humano deve ter/desenvolver. É, então, uma antologia organizada por William J. Bennett para os leitores americanos. 
No Brasil, a editora responsável pela publicação foi Nova Fronteira. Ela recebeu autorização para incluir textos em português e foi nessa leva que entraram escritores como Cecília Meireles, Vinicius de Moraes, Luis de Camões entre outros. Aqui foram editadas 524 páginas lindas. Esta antologia vai da poesia à prosa. Passa por muitos lugares. Isso é legal porque nos permite, pelo menos eu tive esta sensação, conhecer um pouco, certamente bem pouco, de histórias que outros povos contam. Segundo o editor brasileiro “o livro das virtudes é um tesouro de histórias que ajudam a compreender algumas qualidades essenciais à formação ética de cidadãos. São histórias eternas que vêm de diversas épocas, dos mais variados lugares, das mais diferentes culturas. (...) A grande maioria faz parte do acervo da civilização ocidental” (p.07). 

Em alguns momentos os textos são ótimos em outros fica um pouco cansativo, mas na verdade isso acontece em qualquer livro. No geral o livro é ótimo. Inicialmente pode parecer auto-ajuda mas pensando bem em tempos que respeito, amor e amizade parecem não fazer parte do vocabulário de muita gente não custa nada relembrar tais temas. O mundo está precisando de sentimentos bons e que construam coisas boas. Os textos estão divididos nas seguintes modalidades: disciplina, compaixão, responsabilidade, amizade, trabalho, coragem, perseverança, honestidade, lealdade e fé. Todas as modalidades começam com uma breve explicação e todos os textos também têm uma pequena explicação, em alguns apenas o nome do autor e em outros o lugar de onde vem etc. Pela própria estrutura não é um livro que precise ser lido todo de uma vez. Mas eu não tinha me dado conta disso quando coloquei na minha cabeceira. Aliás, não é porque chegou ao fim a leitura que deve ser esquecido. É bom voltar a ele, especialmente naqueles dias em que se acha que a humanidade enlouqueceu.

Comentários

  1. Hummmm!!!!
    Parece ser um livro gostoso de ler e refletir. Fiquei na vontade.
    Beijos!
    Helck
    arteandprosa.blogspot.com

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  2. Muito interessante!

    Hoje em dia é bom estar em contato com textos assim, ainda mais que - quase todos os dias -parece que humanidade enlouqueceu.

    Beijos

    Mary

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  3. Helck e Mary,

    obrigada pela visita. Fico muito feliz que estejam gostando dos posts. Venha sempre. Helk, realmente é um livro bem gostoso de ler, especialmente no fim da noite.

    um abraço.

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  4. Sabe que me vi nesse post?

    Aconteceu comigo também rs, e foi com o livro comer, rezar, amar.
    Ficou no meu criado mudo tempos (E tbm era emprestado).
    Um dia disse: Tenho que ler.
    Confesso que em muitas partes desse livro, parei no caminho. Achava cansativo, chato, fechava e dormia.
    Mas seguia, e os capitulos seguintes eu devorava.
    Foi um livro que me vi assim, cansativo em partes, e que me prendiam em outras.
    Mas terminei e confesso que gostei.
    Tirei muitas lições, e aprendizados.

    PS: Vou ler esse livro, já me interessei.

    Um abraço grande e obrigada pelo carinho.
    Retribuo e digo: Bem vinda!

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  5. Sil, já fiz aqui um post do Comer, rezar e amar. Deste também teve umas partes que achei bem cansativas, mas adorei o livro.Venha sempre. Um forte abraço.

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